Urbana-PE e Grande Recife se manifestam sobre anúncio de paralisação dos rodoviários
O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco, Urbana-PE, classificou a greve de motoristas e cobradores, marcada para a próxima terça-feira (22), como “ilegal e injustificada”. Em uma nota divulgada nesta quarta (16), a instituição afirma que “não medirá esforços para evitar mais uma interrupção de um serviço essencial e minimizar os prejuízos à população e à economia locais, tão sensíveis às festividades da época e em plena crise sanitária”.
No comunicado, a Urbana-PE ressalta que a Lei Municipal 18.761/2020, que vedava a dupla função de motoristas e obrigava a presença de cobradores nos coletivos foi suspensa em decorrência de uma medida cautelar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), além de já ter sido considerada inconstitucional pela Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE).Na nota, A Urbana-PE afirma, também, que as empresas têm cumprido as cláusulas referentes ao dissídio, que valores retroativos vão ser pagos na folha salarial de dezembro, e que não houve rescisões desde que o acordo foi feito, no último mês de novembro.
O Grande Recife Consórcio de Transporte também se pronunciou, nesta quarta (16), sobre a paralisação anunciada pelos rodoviários através de nota, e afirmou que vai notificar os sindicatos das empresas e dos rodoviários “para cumprimento da Lei de Greve, com a manutenção da operação dos serviços de transporte coletivo como atividade essencial, especialmente no horário de pico, considerando, também, a continuidade de estado de calamidade pública decorrente da epidemia do Covid-19”.
Na nota, o Grande Recife cita uma alegação do Sindicato dos Rodoviários sobre suposto descumprimento do acordo realizada no TRT. De acordo com o comunicado, o consórcio “cumpriu integralmente com sua parte no que foi pactuado na referida audiência, com a edição da Portaria n. 167, de 24 de novembro de 2020, que deu cumprimento ao disposto na Lei do Município do Recife n. 18.761/2020, bem como iniciou o processo de fiscalização de seu cumprimento na data estabelecida na mesma”.
Ainda no texto, o Consórcio “reitera que espera uma solução consensual para o impasse e seguirá adotando todas as medidas cabíveis para manutenção da prestação dos serviços de transporte coletivo na região metropolitana”. Por fim, segundo o comunicado, no dia da greve, “haverá priorização na operação das linhas de maior demanda, nos principais corredores, com o objetivo de minimizar o impacto do ato para os usuários”.