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Sobe para 16 o número de casos de síndrome pediátrica rara associada à Covid-19

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Pernambuco contabiliza, nesta terça-feira (8), 16 casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), doença rara que vem sendo associada à Covid-19. De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), 15 dessas ocorrências evoluíram para cura e uma resultou em morte - de uma menina de 11 anos, que morava no Recife.

Do total de casos, 3 são do Recife (incluída a morte), 2 de Caruaru, 1 de Ipojuca, 1 de Jaboatão dos Guararapes, 1 de Goiana, 1 de Sirinhaém, 1 de Joaquim Nabuco, 1 de Limoeiro, 1 de Timbaúba, 1 de Flores e 1 de Santa Cruz do Capibaribe. Há ainda, dois casos externos que vieram se tratar no estado - 1 de Maragogi, Alagoas, e 1 de Baixa Grande do RIbeiro, Piauí.

A notificação dessa síndrome foi instituída no início deste mês de agosto e os serviços de saúde, além de casos novos, estão resgatando ocorrências desde o começo da pandemia. Dos casos registrados até o momento, 8 são do sexo masculino e 8 do feminino, com idades entre 1 e 13 anos, e todos tiveram resultado positivo para a Covid-19.

"Importante ressaltar que as unidades de saúde, após a estruturação da notificação passaram a revisar os casos. Dos 6 novos casos registrados no boletim de hoje (08), que passa a ser atualizado toda terça-feira, 2 tiveram sintomas em maio; 2 em junho; e 2 em agosto. Todos, 4 meninos e 2 meninas, com idades entre 4 e 10 anos, já tiveram alta hospitalar", comentou o secretário André Longo, durante coletiva virtual nesta terça.

A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica é caracterizada por febre persistente e elevada acompanhada de um conjunto de sintomas que podem incluir hipotensão (pressão baixa ou choque), comprometimento de múltiplos órgãos e elevados marcadores inflamatórios. O paciente hospitalizado pode apresentar manifestações cardiovasculares ou gastrointestinais agudas (diarreia, vômito, dor abdominal); conjuntivite ou manifestações cutâneas; quadro inflamatório e confirmação laboratorial (técnica RT-PCR ou sorologia) ou história de contato com caso confirmado do novo coronavírus.

Os sintomas respiratórios não são presentes em todos os casos, de acordo com as evidências atuais. As características são semelhantes à síndrome de Kawasaki e síndrome do choque tóxico. Os pacientes farão  exames para confirmar ou descartar a infecção pelo Covid-19, além de outros testes laboratoriais, especialmente os marcadores de atividade inflamatória. Toda a definição de caso está explicitada em nota técnica da SES-PE, que reforça a notificação em até 24 horas quando o paciente se enquadra como um caso que atende essa definição da síndrome, ou seja, já tem os resultados dos exames e é um caso confirmado.