Do total, 500 unidades serão entregues nesta quarta-feira (10), às 10h, no HC. Os capotes se somarão a outros 600 entregues anteriormente. O trabalho dos detentos reforça a campanha coordenada pela chefe do Serviço de Endocrinologia Pediátrica do HC, Jacqueline Araújo, para a confecção de milhares de capotes. "Arrecadamos o dinheiro por meio de doações, compramos 5,5 toneladas de TNT, conseguimos o transporte gratuito desse material de São Paulo para o Recife (pelas empresas RC Sollis Conne, RPA, Pacífico Log e Pex Log) e o corte do material pelo Senai também gratuito. Na sequência, contratamos costureiras (algumas de forma voluntária, outras cobrando um valor abaixo do mercado) e, recentemente, recebemos esse apoio, com a mão de obra dos detentos acelerando a produção", afirma.
No total, a campanha entregará cerca de 7 mil capotes ao HC. Metade deles confeccionada pelo grupo de costureiras. "Temos pessoas com capacidade de trabalho e com experiência e estamos aproveitando todas as chances de colaborar nessa pandemia. A PJPS em Caruaru é multifuncional: faz protetores faciais, máscaras de TNT e agora está fazendo os capotes. Uma boa oportunidade para os nossos detentos se sentirem produtivos e diminuírem suas penas", diz o secretário-executivo de Ressocialização da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Cícero Rodrigues.
Além de ajudar a reforçar o estoque de capotes do HC, o trabalho traz vantagem também aos detentos que recebem o benefício da remição (liberação) de um dia na pena a cada três trabalhados. “Esse trabalho é muito importante para a gente aqui dentro e podemos mostrar à sociedade que temos vontade de voltar ao convívio social", afirma o detento Wagner Felício Lucena.