Apesar da crise econômica e sanitária atingir milhares de pessoas diariamente em municípios e estados do país, os projetos sociais crescem cada vez mais na tentativa de controlar os danos sociais causados pela pandemia do novo coronavírus. Por um lado, o trabalho essencial, que não para. Por outro, comerciantes e trabalhadores autônomos que buscam desviar da crise com saúde e segurança. A comunidade de Aldeia, uma das mais afetadas pelo vírus, está localizada no município de Camaragibe, e recebeu reforços em uma operação integrada para a contenção da Covid-19.
A ação é realizada pela prefeitura municipal e conta com o apoio do governo do estado. O objetivo da atividade é reforçar a fiscalização e garantir uma quarentena mais rígida. Desde o último sábado (16), pontos de bloqueio foram instalados em locais estratégicos, como no bairro de Vera Cruz, para supervisionar a movimentação dos moradores que insistem em descumprir as regras de isolamento social. Houve distribuição de máscaras e cestas básicas para os comerciantes da região.
“Nós estamos com esta ação desde o sábado (16), quando foi decretada a quarentena em cinco regiões. Sabemos dos riscos e impactos e estamos tentando ajudar ao máximo para que esta situação passe. Ao todo, desde que a pandemia chegou ao estado, distribuímos em média 50 mil máscaras de proteção facial”, esclarece.
“Esse serviço é muito bom porque a gente acaba ficando mais agitado dentro de casa. Eu estou sem trabalhar e minha esposa também. Aproveitamos rapidamente para checar a pressão mas eu espero que aconteça mais vezes”, conta.
Além da entrega de máscaras, a Central Única das Favelas (Cufa) distribuiu, através de uma ação voluntária, 400 kits de higiene e limpeza doados pela Unilever e 200 cestas básicas para trabalhadores informais que suspenderam as atividades devido à pandemia.
“Nós estamos atuando com apoio de voluntários, doações de kits de alimentos e higiene. No sábado nós entregamos o material em Recife, depois fomos para Olinda e agora estamos em Camaragibe. Assim seguimos, mas estamos em busca de mais apoio para realizar outros projetos. Estamos negociando a implantação de 40 pias coletivas para colocar em pontos estratégicos”, explica.
Para a moradora da comunidade de Vera Cruz, Sandra Gomes, de 37 anos, a ajuda recebida é um alívio no momento de grande necessidade.