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Indignação marca enterro de criança vítima de bala perdida no Cabo
O corpo foi velado pela manhã na funerária Safpe, no Centro do Cabo. De lá, foi montado um cortejo, que passou pela Praça do Jacaré e encerrou no Cemitério São João. A mãe de Ellen, Cícera Silva, estava revoltada. “Minha filha não merecia um negócio desse, não. Minha filha era querida, meu Deus. Não era para ela estar aqui”, disse, com o peito cheio de dor. Cícera não conseguiu acompanhar o sepultamento até o fim, tendo sido retirada do local. Outras pessoas também tiveram crises nervosas durante o enterro - duas mulheres chegaram a desmaiar.
Ellen Vitória iria cursar o 5º ano do ensino fundamental em 2020, na Escola Municipal Paulo Salgado. De acordo com familiares, o material escolar já tinha sido comprado e ela aguardava o início do novo ano letivo. Colegas de sala da menina foram até o cemitério prestar homenagem, com cartazes de protesto contra a violência e pedindo justiça. “Que Jesus guie ela como um anjo”, comentou estudante Jamerson, uma das crianças presentes.
Também pedindo para não ser identificado, outro morador da Rua da Linha endossou a queixa. “Desde a quinta-feira (23) o pessoal vem trocando tiro por aqui. E o povo que está pagando um alto preço. Que o diga a menina Ellen”, comentou.
Em nota ao Diario, a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) explicou que “o policiamento ostensivo no bairro de Charnequinha é realizado pelo 18º BPM através de equipes em motocicletas, além da Contra Resposta e do Grupo de Apoio Tático Itinerante. A Unidade conta ainda com o reforço do Batalhão de Trânsito, que realiza rondas em toda região”.
Já a Polícia Civil, também em nota, limitou-se a dizer que investiga a morte da criança: “as investigações seguirão até a completa elucidação do crime”. O inquérito está sob responsabilidade do delegado Caio Morais.
Leia a notícia no Diario de Pernambuco
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