Vida Urbana

Motoristas de aplicativo fazem protesto pedindo segurança


Motoristas de aplicativo realizam um protesto no Complexo de Salgadinho, em Olinda, em frente ao Centro de Convenções, na manhã desta quinta-feira (14). A categoria pede mais segurança durante o trabalho. O assassinato de Eronides Albuquerque da Silva, de 39 anos, durante uma corrida de transporte privado de passageiros, na madrugada desta quarta-feira (13), motivou a manifestação.

O motorista foi morto na Avenida General Polidoro, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O corpo dele foi encontrado no início da manhã ao lado do veículo cinza, modelo Sandero, que a vítima alugava para trabalhar.

Com cruzes e a palavra luto escrita de tinta branca nos veículos, os motoristas devem seguir em carreata até o Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife.

O motorista Túlio Santos do Amaral, de 32 anos, dirige por aplicativo há dois anos e meio e reivindica melhores condições de trabalho. "Precisamos de mais segurança, exigimos que as plataformas identifiquem os passageiros. Porque o passageiro recebe nossas informações e nos tornamos alvo para assalto e homicídio que estão acontecendo", reclama.

Investigação
Segundo a Polícia Civil, Eronides sofreu disparos de arma de fogo. A Polícia Científica também encontrou vestígios de projétil no carro que a vítima dirigia. Um inquérito policial foi instaurado para identificar os autores e a motivação do crime. O Instituto de Criminalística informou qye a perícia constatou que os disparos foram feitos por trás no local onde o corpo foi encontrado. Também ficou claro para os peritos que os disparos foram efetuados por trás de Eronides, da direita para a esquerda. Ou seja, o motorista estaria no banco da direção, enquanto seu algoz estaria sentado no banco de trás, à direita, ou já estaria fora do veículo.

De acordo com amigos de Eronides, ele sempre rodava durante a madrugada para conseguir pagar o aluguel semanal de R$ 400 do veículo, que possui rastreador via satélite. Pela Uber, o motorista fazia corridas há mais de dois anos. “Ele fazia parte de um grupo de Whatsapp de motoristas de Uber, em que os integrantes costumam enviar a localização, para que todos possam saber onde cada um está. A última mensagem enviada pela vítima foi por volta das 2h. Ele estava na altura de um bar localizado na Avenida Caxangá e estava indo em direção à Avenida General Polidoro. Após isso, o sinal do celular de Eronides não foi mais visto no grupo. Acho que ele não teve tempo de pedir ajuda”, lamentou o amigo da vítima, Leonardo Ebrahim. 

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