Vida Urbana

No Recife, crianças aderem à mobilização global pelo clima

Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR

Em frente ao Palácio do Campo das Princesas, 450 crianças formaram um painel humano com a frase "salve o planeta", apresentaram músicas e uma exposição fotográfica. Ao todo, 11 escolas da rede participaram da ação. Um grupo criou um rap sobre a preservação ambiental e outros estudantes apresentaram fotos produzidas durante uma oficina no manguezal do Parque do Caiara sobre a temática de preservação do mangue.

"Em todas as escolas há projetos ambientais acontecendo ao longo do ano letivo e são acompanhados pela nossa gerência. Fazemos visitas, rodas de conversas sobre proteção e preservação do meio ambiente, uma equipe de professores trabalham com eles e temos o barco-escola que leva os alunos para ver a natureza e os impactos causados pela poluição", comentou a gerente de educação ambiental da rede municipal de educação do Recife, Martha Azevedo.

O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, presidente para a América do Sul da Rede de Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), convocou 75 cidades signatárias no continente para participar. "Essas cidades fazem parte de uma rede de municípios sustentáveis. Aqui no Recife trouxemos os jovens para uma área verde da cidade como forma de sensibilização para enfrentar as mudanças climáticas, conscientizar mais pessoas porque todo mundo precisa mudar de atitude para cuidar do planeta melhor", destacou.

ATITUDE

Alunos da Escola Municipal Octávio Meira Lins, bairro de Vasco da Gama, na Zona Norte do Recife, se tornaram exemplo de que é possível implementar ações cotidianas que podem gerar impacto no meio ambiente. Três estudantes instalaram uma composteira para que as sobras da merenda sirvam de adubo para a horta que mantém na escola. Os dois ainda implementaram a coleta seletiva fazem oficinas com os outros alunos. Por causa dessa atitude, eles foram selecionados pelo programa de Iniciação Científica Júnior para escolas públicas e ganharam bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Foto: Leandro de Santana/DP FOTO.

Para realizar o descarte de lixo de forma sustentável e ainda incentivam os colegas a participarem de forma ativa da mudança de comportamento, eles promovem rodas de conversa, fazem cartazes e conversam sobre a temática. "É preciso mudar a ideia de que nós somos apenas produtores de lixo. Cada um é responsável pelo lixo que produz, mas, principalmente, pela forma que descarta. Fazemos apresentações explicando a importância desse assunto nas salas para que eles se sensibilizem e se junte a nós nesse projeto", comenta Luan de Lima, de 14 anos, estudante do 9° ano.

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