Vida Urbana

Após 4 anos, Polícia encontra suspeitos de assassinar adolescente

Sandy Evellyn tinha 14 anos quando foi assassinada em Olinda. Foto: Reprodução/Facebook

A adolescente teria sido assassinada por recusar a se relacionar com José Henrique, de acordo com a Polícia Civil. Inconformado, o suspeito chamou seu comparsa para tirar a vida da menina. Na noite de 4 de julho, Sandy foi vista pela última vez, após sair para ir a um culto e foi encontrada na manhã do dia seguinte, nua e morta por asfixia no Canal Lava-Tripas.

“Não vai trazer minha filha de volta, mas isso dá um alívio. Espero que fiquem muito tempo presos. Que fiquem lá até aprenderem”, comenta Luziária. Ela não esconde a mágoa. “Não perdoo. Fico sem palavras. Como essas duas criaturas fizeram uma coisa daquelas com minha filha? Uma menina que nunca fez nada com ninguém. Só porque não queria nada com ele (José Henrique), ele tinha o direito de matar?”, questiona.

"Espero que fiquem muito tempo presos. Até aprenderem", diz Maria Luziária Costa, mãe de Sandy. Foto: Diogo Cavalcante/DP

Quatro anos

O avanço do inquérito foi lento por causa do envolvimento dos dois homens no tráfico de drogas, segundo o delegado. “Eles atuavam botando medo na comunidade. A coleta de provas testemunhais nessas áreas é mais complicada. Eles ameaçavam pessoas que prestavam depoimentos”, justifica. “Em todo tempo a Polícia esteve em diligências. Eu já cheguei a me manifestar sobre o assunto em outra ocasião. As provas coletadas ao longo desses anos nos permite afirmar, com convicção, que o Batata e o Chapa foram os autores”, discorre.

José Henrique e Wallyson Wendel, respectivamente. Foto: Cortesia/Polícia Civil

Os dois homens negam a autoria do crime. “Mas temos elementos que mostram que ambos eram amigos, usavam drogas juntos, traficavam juntos. Acredito que vão continuar negando enquanto puderem”, acrescenta Augusto.

Delegados André Luna e Augusto Cunha, da 9ª DPH. Foto: Diogo Cavalcante/DP

Além da arma, foram apreendidas oito munições - seis dentro do revólver. Duas delas especificamente chamaram a atenção do delegado André: “Tinha veneno na bala, para aumentar o potencial lesivo. Nesses casos, se uma pessoa atingida não morre pelo tiro, morre por causa do veneno”. 

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