O projeto tem a direção da professora Suely Cisneiros Muniz, do departamento de Artes da UFPE, e orientação e curadoria do professor Paulo Lemos de Carvalho, pesquisador em antropologia da arte tradicional africana, além dos 16 pesquisadores do Centro de Artes e Comunicação (CAC).
A mostra é fruto do resultado dos trabalhos realizados sobre modelagem em argila. “Percebemos que, muitas vezes, os estereótipos que se fazem, com relação à África e aos africanos, são devidos a uma falta de conhecimento e de abertura com relação à riqueza e ao potencial da estética africana”, afirma o curador da exposição, Paulo Lemos de Carvalho.
A primeira edição aconteceu em 2015. Na segunda, será apresentado o resultado de pesquisas desenvolvidas durante o curso sobre a cultura tradicional africana e suas representações. A exposição se apresenta em forma de releitura de totens, máscaras, escudos, objetos rituais, de uso lúdico e utilitário.
Algumas peças originais de vestuário da nobreza tradicional também fazem parte da expografia. “Pensando em muitas pessoas que não podem visitar museus do mundo a fora, que são especializados em arte africana, fizemos essa pesquisa que resultou nesta exposição didática no Museu da Abolição”, ressalta Paulo Carvalho.