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UFPE inaugura placa indicativa da pedra fundamental do campus Recife

A iniciativa do campus Recife partiu do professor Joaquim Amazonas, primeiro reitor da UFPE. A construção começou após uma longa discussão sobre a localização da obra. Entre os lugares cogitados estavam terrenos nos bairros de Joana Bezerra, Santo Amaro, Ibura, Centro do Recife e um loteamento na Várzea, onde funcionou o antigo Engenho do Meio, que foi a localização escolhida. O primeiro prédio construído se destinava a abrigar o biotério, espaço destinado à criação de animais que não chegou a funcionar, na área onde atualmente está o Departamento de Nutrição.
A concepção do projeto arquitetônico foi do arquiteto veneziano Mário Russo, que viveu na capital pernambucana de 1948 a 1956 e foi objeto do livro “Mario Russo: um arquiteto italiano racionalista em Recife”, da professora Renata Campello Cabral, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE. Ele veio à cidade para lecionar na Escola de Belas-Artes de Pernambuco e foi convidado por Joaquim Amazonas para o cargo de chefe do Escritório Técnico da Cidade Universitária. O arquiteto não participou da escolha da localização, mas defendeu a ideia.
“Ele defenderá a localização da Cidade Universitária na periferia da zona urbana, mesmo não tendo participado da escolha do terreno; conceberá o plano urbanístico do campus e projetará algumas de suas unidades didáticas”, explica a professora no livro. “A importância da localização da Cidade Universitária na periferia é a de servir, segundo o arquiteto, como atrativo para o crescimento da cidade em direção aos seus próprios limites urbanos”, completa. Segundo a professora, o agrupamento dos setores da Universidade permanece em grande parte como dimensionado originalmente.