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Sindicato denuncia calote da Universidade Salgado de Oliveira (Universo) após demissão em massa

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Foto: Reprodução/Universo.edu
Foto: Reprodução/Universo.edu
Após a demissão de 140 trabalhadores da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), técnicos e professores se reuniram em frente à instituição, localizada na Avenida Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, para cobrar o pagamento das verbas e a entrega dos documentos rescisórios. O protesto começou por volta das 9h desta terça-feira (30). Membros do Sindicado dos Professores das Instituições do Ensino Superior Privadas do Recife e Região Metropolitana (Sinproes) protestaram contra a demissão em massa e devem entrar com uma ação coletiva contra a Universidade para garantir os direitos trabalhistas.

Professores e técnicos-administrativos foram demitido nos dias 16 e 17 de julho e ainda não receberam o pagamento. O presidente do Sinproes, Rômulo de Freitas, comenta que há 10 anos a instituição não deposita o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários. “No dia 22 estava marcada uma sessão de mediação na Superintendência Regional do Trabalho, mas a Universo não compareceu para dialogar ou reverter essas demissões. Já acabou o prazo para a entrega da documentação e verbas rescisórias. Agora, o Sindicato vai mover uma ação coletiva", afirmou Freitas, informando que se a situação não for regularizada, outro ato deve acontecer no 1° de agosto para pressionar a instituição a se posicionar.

Além de não receberem os documentos rescisórias, entre eles até mesmo a Carteira Profissional, e as verbas rescisórias, os professores reclamam da dificuldade de recolocação no mercado, já que as demissões ocorreram no meio do ano letivo. "No final de julho todas as faculdades já estão com suas grades fechadas. Essa demissão inviabilizou seis meses de trabalho dos professores. Isso mostra o desprezo com o ensino e com os trabalhadores. Está acontecendo a substituição de professores com salários/horas mais caras, que são doutores e mestres, por professores com salários/horas mais baratas, por profissionais recém-formados. A grande maioria tem mais de 10 anos de casa, são coordenadores de cursos e agora depois desse percurso são colocados para fora. Não temos resposta por parte da faculdade", lamenta o presidente do Sinproes.
 
Em nota, a Universo disse que "passou por um processo de reestruturação, dentro da normalidade de qualquer instituição de ensino. Ressaltamos também que nenhum funcionário será prejudicado e, como sempre, a instituição cumprirá com o pagamento de toda a verba rescisória.  Com relação aos documentos, já estão todos disponíveis - e muitos já foram entregues desde o início desta semana -, basta o funcionários buscar. Amanhã, está marcada uma reunião no Ministério do Trabalho, entre a Universo e o sindicato. Por fim, a instituição continua com seu calendário oficial de matrículas e início das aulas, para os veteranos começa nesta quinta (1°), e para os alunos novatos, na segunda (12)". 
Qualquer dúvida, estamos à disposição.