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No Recife, um terço da população vive em áreas de morro

Cerca de 500 mil pessoas vivem em áreas de morro do Recife. Este número representa 1/3 da população da capital. De acordo com a Prefeitura, existem 9 mil áreas que representam risco de deslizamento, todas elas monitoradas pela Defesa Civil. Os moradores dessas regiões são os principais afetadas durante o inverno. Desde o último final de semana, quando as chuvas fortes começaram, o órgão emitiu 31 mil avisos por celular para que os moradores dessas áreas deixem suas casas em busca de locais seguros.
Apesar dos avisos e medo constante durante a época de chuva, a população persiste em habitações de madeira e alvenaria construídas nas encostas. A desempregada Vânia Nascimento, de 35 anos, construiu a casa dela há oito anos, onde mora com sete filhos e sete netos. O endereço é o Córrego do Curió, no bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife. Ela viu de perto a casa do vizinho Josafá Barbosa da Costa, de 34 anos, ser destruída após uma barreira desabar. Ele foi uma das 12 vítimas fatais deixadas pela tragédia provocada por fortes chuvas em todo o estado.
Apesar dos avisos e medo constante durante a época de chuva, a população persiste em habitações de madeira e alvenaria construídas nas encostas. A desempregada Vânia Nascimento, de 35 anos, construiu a casa dela há oito anos, onde mora com sete filhos e sete netos. O endereço é o Córrego do Curió, no bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife. Ela viu de perto a casa do vizinho Josafá Barbosa da Costa, de 34 anos, ser destruída após uma barreira desabar. Ele foi uma das 12 vítimas fatais deixadas pela tragédia provocada por fortes chuvas em todo o estado.
Mesmo convivendo com o risco de perto, Vânia lamenta não ter para onde ir. "Tenho medo de continuar morando aqui. Mas a situação em que estamos hoje, não nos dá outra condição. Faço bico para sobreviver. Então, ou a gente come, ou paga aluguel", justifica.
Em 2019, a Defesa Civil realizou 35 mil vistorias. Ao todo, 11.852 pontos estão cobertos com lona. Família que moram nesses locais de risco e foram vítimas de calamidades como chuvas, podem solicitar o auxílio moradia à Defesa Civil. Atualmente, seis mil famílias recebem o benefício, com investimentos anuais da ordem de R$ 1,2 Milhão por mês.
De forma emergencial, as famílias que ficarem desabrigadas também podem ser acolhidas no Abrigo fica situado à Travessa do Gusmão, no bairro de São José, no Centro do Recife. O espaço tem capacidade para receber 100 pessoas e funciona por 24h. O alojamento é equipado com camas, banheiros (sendo um deles com acessibilidade), refeitório e lavanderia. Os abrigados recebem três refeições diárias.