° / °

Após protestos, UFPE e UFRPE têm orçamentos para manutenção totalmente desbloqueados

Por

"O desbloqueio significa que a universidade poderá seguir com seu planejamento orçamentário", diz pró-reitor. Foto: UFPE/Divulgação.
Após protestos realizados em atos pela defesa da educação no mês de maio, os orçamentos de manutenção das universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) foram desbloqueados nessa terça-feira (11) pelo Ministério da Educação (MEC), que tomou a mesma medida em relação a outras instituições federais de ensino superior.

Ontem, a UFPE recebeu R$ 12,8 milhões (8%) desse orçamento - destinado a pagamentos de serviços como limpeza e fornecimento de energia, por exemplo -, valor correspondente ao mês de junho. De um total de R$ 162 milhões previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), a UFPE já havia recebido R$ 64,8 millhões, isto é, cerca de 40%, até o mês de março.

LEIA MAIS:


O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) informou que os orçamentos de custeio (manutenção) e de investimento continuam contingenciados nesta quarta. Procurada pelo Diario, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) ainda não informou se houve liberação nas contas.

Votação

O Congresso Nacional aprovou nessa terça-feira um projeto que autoriza crédito extra de R$ 248,9 bilhões para o governo federal. A proposta define que os recursos serão obtidos por meio da emissão de títulos do Tesouro Nacional. Na votação da Câmara, o texto foi aprovado por 450 votos a zero. Na votação do Senado, o texto passou por 61 votos a zero. Antes de ser aprovada, a proposta passou pela Comissão Mista de Orçamento, onde foi definido um acordo entre representantes do governo e de outros partidos.

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPS) destacou que "a luta dos estudantes e pesquisadores contra o corte nas verbas que inviabilizariam o funcionamento de universidades e institutos federais, além dos pagamentos das bolsas de estudo, obteve importante vitória na Comissão Mista de Orçamento. A oposição obrigou o governo recuar e incluir R$ 1 bilhão de volta para o Ministério da Educação e 330 milhões para as bolsas de estudos do CNPq, assim aceitando votar os créditos suplementares".