Vida Urbana

J. Borges assina decoração do São João de Caruaru

Xilogravurista criou quatro gravuras exclusivamente para o São João de Caruaru 2019, entre elas a feira e banda de pífanos

Quatro temas de xilogravuras vão ilustrar o São João de Caruaru do artista J.Borges, entre elas a Feira de Caruaru. Credito : J.Borjes Divulgação Prefeitura de Caruaru

O Morro do Bom Jesus também também será destaque no trabalho de J.Borges para o São João de Caruaru. Crédito J.Borges/Divulgação Prefeitura de Caruaru

O xilogravurista J.Borges é Patrimônio Vivo de Pernambuco. Crédito: Gabriel Melo Esp DP

Ele começou a trabalhar aos dez anos de idade na agricultura, e negociava nas feiras da região, vendendo colheres de pau que ele mesmo fabricava. Em 1964, começou a escrever folhetos e a fazer xilogravuras, entalhando pinho e imburana.

A década de sessenta foi um marco na vida do artista: sua obra e sua técnica, conhecida por tacos, passou a ser reconhecida nacionalmente como uma atividade cultural.

Com o passar do tempo, em sua oficina montada próximo à sua residência, que inicialmente fabricava figuras para ilustrar apenas suas histórias, chegou a produzir cerca de 200 cordéis e dezenas de xilogravuras de capa.

Hoje essas xilogravuras são impressas em grande quantidade, em diversos tamanhos, e vendidas a intelectuais, artistas e colecionadores de arte.

Os temas mais solicitados em seu repertório são: o cotidiano do pobre, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrução, os folguedos populares, a religiosidade, a picardia, enfim todo o universo cultural do povo nordestino.

J. Borges tornou-se um dos mais famosos xilógrafos de Pernambuco, publicou vários álbuns de xilogravuras e alguns de luxo.

Com a fama, a família de xilogravadores cresceu, incluindo três filhos do artista, um irmão, três sobrinhos e um primo, graças às aulas do grande mestre e artista popular J. Borges, que soube cultivar a semente da arte de criar figuras exóticas a partir das histórias e das lendas populares, que impregnam o espírito do mestiço nordestino. (Com informações da Fundação Joaquim Nabuco) 
 
 

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