De acordo com o urbanista Geraldo Marinho, a Mascarenhas nunca exerceu por completo o papel inicial, ao mesmo tempo que terminou pouco ocupada por moradores. “Isso dá à avenida um caráter mais pesado, assim como acontece na Abdias de Carvalho e na Caxangá. Como corredor de entrada para a cidade que é, foi crescendo e se tornando uma via urbana. Então, houve uma tensão nessa mudança de perfil. Por isso tem essa cara pouco urbana e pouco humana. Não tivemos capacidade de levar para a via outras qualidades para tornar a presença humana mais intensiva”, analisa.
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A desumanização da Avenida Mascarenhas de Morais
Corredor viário é essencialmente comercial e mesmo com calçadas largas faltam pedestres e interação
O canteiro central é outro ponto que chama a atenção na avenida. O verde cultivado ao longo dele quebra a aridez do cenário. Para o urbanista, o espaço também pode ser pensado para a prática de caminhada. “Temos uma dívida com a Mascarenhas. Ela já devia ter sido transformada em um ambiente mais propício ao pedestre. As calçadas são predominantemente largas. Mas os estacionamentos na frente de alguns lotes, por exemplo, são mal gerenciados e ocupam quase toda a calçada, a ponto das pessoas não perceberem o quanto elas são largas”, disse Marinho. Além de espaço para melhorar a arborização.