Vida Urbana

Concluída a demolição dos armazéns do Estelita

Previsão do consórcio responsável pela obra era derrubar os galpões até a próxima terça-feira, mas antecipou o serviço

Última parede foi ao chão ontem à tarde, sob protesto de movimentos sociais. Foto: Anderson Freire/Esp. DP.

Os manifestantes decidiram marcar posição instalando toldos brancos em frente à pracinha, próximo ao Viaduto do Cabanga. Eles programaram atividades cultural e de lazer como forma de resistência. Com a demolição finalizada, o consórcio montou um esquema para impedir o acesso de pessoas que não fossem ligadas ao processo de limpeza do terreno. De acordo com a assessoria da Moura Dubeux, uma das empresas do consórcio, a entrada não era permitida por motivo de segurança. Seria para evitar acidentes. A previsão é que hoje ocorra a limpeza final do espaço. Antes da demolição total dos dois armazéns, na última sexta-feira, o representante do consórcio Eduardo Moura, afirmou não haver pressa para isso e que o propósito era não machucar ninguém.

Esquema de segurança impediu que críticos do projeto entrassem no terreno. Foto: Anderson Freire/Esp. DP.

No fim da tarde da sexta-feira, ao perceberem que as paredes tremiam, integrantes do Ocupe Estelita, com a autorização da polícia, retiraram os tapumes protetores dos dois armazéns em processo de demolição. O grupo desmontou as barracas colocadas próximas às paredes. Apesar do fim do acampamento, o movimento ocupou ontem a pracinha a poucos metros dos armazéns e promete retornar ao logradouro com oficinas para chamar a atenção da sociedade sobre o projeto Novo Recife, que considera destinado à parcela privilegiada da cidade. As construções demolidas estão numa área de 101 mil metros quadrados, que pertenciam a antiga Rede Ferroviária Federal. O terreno foi arrematado num leilão em 2008 pelo Consórcio Novo Recife. Durante todo esse período, o projeto foi alvo de polêmica e enfrentou resistência dos movimentos sociais.

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