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Linha do tempo: terreno do Cais José Estelita é alvo de disputas há sete anos
No dia 29 de fevereiro de 2012, o consórcio Novo Recife anunciou o início das obras no Cais José Estelita. Contrários à construção dos prédios por entender que o projeto seria danoso à cidade por não apresentar relatórios de impacto ambiental e de vizinhança e por ser desproporcional à massa edificada do bairro de São José, estudantes, arquitetos, professores e movimentos sociais começaram a se organizar para protestar contra o Novo Recife.
Apesar dos protestos, o projeto imobiliário foi aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Prefeitura de Recife em 28 de dezembro de 2012, a três dias do fim da gestão do ex-prefeito do Recife João da Costa (PT). A sessão foi realizada a portas fechadas. O ano que seguiu a aprovação, 2013, foi marcado pela intensificação da batalha judicial sobre o andamento do projeto. Os eventos promovidos pelo movimento Ocupe Estelita na área também se tornaram mais frequentes.
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De acordo com a construtora Moura Dubeux, o projeto inicial foi modificado. O Mirante do Cais será composto por dois edifícios residenciais. O andar térreo das duas torres contemplarão lojas de comércio e serviços. As plantas serão de quatro tipos: 226, 232, 262, 268 metros quadrados, com o preço do metro quadrado a R$ 8 mil. Com dois apartamentos por andar, cada unidade terá quatro suítes e quatro vagas na garagem. “Esse empreendimento cumpre as diretrizes definidas pelo poder público junto às expectativas de desenvolvimento para a região do Cais José Estelita, com 65% do terreno total do Cais José Estelita destinado a uso público”, afirmou um dos diretores da MD, Eduardo Moura, em novembro de 2018.