Vida Urbana

Primeiro Centro de Obesidade e Diabetes no Nordeste é inaugurado no Recife

Unidade vai atender pacientes obesos de forma multidisciplinar e com estrutura adaptada

A prevalência da obesidade passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. Foto: UFPE/Divulgação.

A unidade, do Hospital Santa Joana Recife, vai atuar com uma equipe de profissionais de saúde, e médicos de diferentes especialidades para um melhor acompanhamento, de forma multidisciplinar, além de ter infraestrutura para realizar todos os exames pré ou pós-operatórios no mesmo dia e em um só lugar.

"O tratamento da obesidade pode ser clínico, endoscópico ou cirúrgico. No novo Centro, o principal objetivo é promover uma melhor qualidade de vida para as pessoas com obesidade, através de orientação, prevenção ou tratamento, e acompanhamento em longo prazo, sendo um trabalho diferenciado para deixar o paciente mais seguro", afirma o cirurgião bariátrico e coordenador do novo centro, Josemberg Campos.

O Centro vai contar com especialistas nas áreas clínica, endocrinologia, nutrição, psicologia, cirurgia bariátrica, fisioterapia, cardiologia, educação física e cirurgia plástica. "Inicialmente, o paciente realizará uma primeira consulta, e de acordo com esta avaliação inicial, será encaminhado para o tratamento mais adequado. O foco é não só no tratamento, mas também na prevenção", explica.

A estrutura tem capacidade para realizar 800 consultas e 60 cirurgias bariátricas por mês, entre elas as robóticas, com a utilização do robô Da Vinci, o Si HD. A utilização da robótica em procedimentos de redução de estômago permite que os médicos tenham mais precisão e alcancem locais que antes eram de difícil acesso. Para os pacientes, isso representa mais segurança nos procedimentos e uma melhor e mais rápida recuperação, uma vez que o procedimento é menos invasivo.

Crianças e adolescentes

De acordo com um estudo de 2017 do Imperial College London e da OMS,  o número de crianças e adolescentes obesos em todo o mundo aumentou dez vezes nas últimas quatro décadas. Se as tendências atuais continuarem, haverá mais crianças e adolescentes com obesidade do que com desnutrição moderada e grave até 2022.

As taxas de obesidade em crianças e adolescentes em todo o mundo aumentaram de menos de 1% (equivalente a cinco milhões de meninas e seis milhões de meninos) em 1975 para quase 6% em meninas (50 milhões) e quase 8% em meninos (74 milhões) em 2016. Combinado, o número de obesos com idade entre cinco e 19 anos cresceu mais de dez vezes, de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016. Outros 213 milhões estavam com sobrepeso em 2016, mas o número caiu abaixo do limiar para a obesidade.

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