Vida Urbana

Sem transtornos, prova do Enem começa no Recife

Um dos principais pontos de prova da cidade, apenas uma pessoa chegou atrasada para as provas da Unicap

Portões fecharam pontualmente ao meio dia. Foto: Nando Chiappetta

A prova do Exame Nacional do Ensino Médio se iniciou neste domingo sem muitos transtornos. Estudantes e familiares começaram cedo a chegar aos locais de provas e, na Universidade Católica de Pernambuco, localizada na Boa Vista, no centro do Recife, apenas um aluno se atrasou. Ele não quis falar com a imprensa. A expectativa dos candidatos era positiva, fruto da preparação durante o ano. Aos familiares, restava dar suporte "sem pressão". 

A estudante de Psicologia Fernanda Alves, de 27 anos, chegou às 9h30, "para não correr riscos". Apesar de já fazer faculdade, vai tentar outro curso. "Eu estudo psicologia e é uma área que gosto, mas queria tentar algum curso na Universidade Federal", destacou, citando estudar atualmente com bolsa integral em universidade particular. "Vou fazer. Dependendo do resultado, faço a mudança. Não deixa de ser uma experiência", completa.

Na torcida pela filha, Adriana espera bom resultado. Foto: Nando Chiappetta

Dona de casa, Adriana Maria, de 38 anos, veio acompanhando a filha de 18 anos, Mariana Vieira. Acredita que o apoio dos pais nesse momento pode fazer a diferença. "A gente é do interior (Passira), mora aqui faz um tempo para ter oportunidades. Se ela quer essa chance, vim apoiar", pontuou, destacando que o objetivo da filha é uma vaga no curso de engenharia civil. 

Ainda que seja a vontade da filha, Adriana tenta estimular Mariana a prestar concurso público. "A gente vê um monte de gente formada e sem emprego. Um tio dela passou um ano sem emprego e voltou agora a trabalhar. Quem é pobre tem que pensar em emprego, em algo que mude a vida ou garanta estabilidade. É o que eu digo a ela, porque quando eu era jovem, meus pais não me estimulavam nem me deram oportunidade de estudar e tentar crescer", ressaltou.

Pai e filha juntos antes da prova. "Sem pressão". Foto: Nando Chiappetta

Amanda Regina, de 16 anos, ainda cursa segundo ano do ensino médio e já estava pronta para entrar na sala para fazer a prova. Estava junto do pai, o bombeiro militar Aldo Silva, um incentivador. "É a primeira vez que faço Enem para que, ano que vem, quando for fazer de fato, não seja uma novidade. Quero o curso de Engenharia Civil, já venho fazendo o vestibular seriado e agora vou para o Enem. Vou testar meu conhecimento", destacou Amanda. 

"Ela é uma boa aluna e não tem motivo para pressioná-la. Eu vim para um efeito de mantê-la na zona de conforto, saber que é um teste, uma forma de ela se colocar à prova sem a responsabilidade ou obrigação de se sair bem. Eu quero um futuro bom para ela e o que eu puder fazer para gerar experiências que melhore a performance dela, vou fazer", garantiu.

Preparação intensa deixou João Rafael confiante para a prova. Foto: Nando Chiappetta

A mãe de João Gabriel, a educadora Maria Alêssandra Freire, explica a tranquilidade do filho. "Não tem pressão. Não tem obrigação de escolher o curso da vida com 17 anos. Cada pessoa tem um tempo, desde que não fique parado. Eu, por exemplo, entrei na escola com nove anos e entrei na universidade com 30 anos. Não é perder tempo. Cada caso é um caso. Se ele achar que o momento é cursar uma universidade ou fazer um intercâmbio, é o plano dele", detalhou.

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