Vida Urbana

DHPP começa a investigar caso de cozinheira queimada por colega

Na noite desta terça-feira, a delegada Gleide Ângelo foi ao Hospital da Restauração e conversou com a vítima

Ana Paula de Messias, de 32 anos, está internada em estado grave, mas estável, na Unidade de Queimados do Hospital da Restauração. Foto: Reprodução/ Facebook

Na noite desta terça-feira, a delegada Gleide Ângelo foi ao hospital e conversou com a vítima.De acordo com a assessoria de comunicação do HR, a paciente foi submetida a troca de curativos na manhã desta quarta-feira e não tem previsão de alta. Ana Paula teve pouco mais de 20% do corpo afetado, na região dorsal.

“Eu havia baixado a cabeça e vi a aproximação de um vulto, mas pensei que ela estava passando, quando vi a confusão e a Ana Paula estava em chama. Depois vi um pedaço de pano embebido no álcool no chão e um cheiro muito forte de álcool”, contou o dono do restaurante, Douglas Garcia, 40. “Eu socorri e tentei apagar o fogo e estou com a mão queimada”, acrescentou, confessando ainda não entender o que houve.

Segundo informações do Posto Policial do HR, o incidente ocorreu às 14h47. Douglas Garcia tem certeza apenas que apenas ele, e as duas funcionárias permaneciam no restaurante, que já havia encerrado o atendimento ao público. “Nada sugeria que pudesse haver o que houve”, comentou, enquanto tratava a mão com água gelada. 

“Estou sem entender o que houve”, disse Douglas Garcia, acrescentando que a funcionária que atacou Ana Paula foi contratada por recomendação do antigo patrão, com quem trabalhara por quinze anos sem nenhum problema e se portava muito bem no trabalho, sempre chegando cedo, sendo competente, cozinhando muito bem. O dono do restaurante disse ter sido informado que há anos a agressora fora afastada do trabalho pelo antigo patrão por questão de saúde, mas depois disso retornou à ativa e era uma excelente profissional. 

No começo da tarde desta terça-feira tudo mudou. Douglas Garcia perdeu as duas funcionárias que tratava como “pulmão” do restaurante. Após providenciar assistência para Ana Paula, socorrida pelo esposo para o HR, soube que a colega foi para a porta da emissora de TV situada na mesma rua, e, depois, teria sido levada por um sobrinho. Ela tem um filho e é casada. “Não esperaria isso dela, não esperaria...”, desabafava. 

Até as 22h08 inexistia qualquer registro da ocorrência no Posto Policial do HR, onde o esposo da vítima, Rodrigo Falcão da Silva, foi orientado a prestar queixa do ataque ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo informações do HR, Ana Paula foi atingida com álcool e depois teve fogo ateado, tendo sido internada consciente, sem lesões inalatórias, mas com muita dor.

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