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Exames de DNA comprovam que vizinho matou fisioterapeuta

Secretaria de Defesa Social dará coletiva de imprensa ainda nesta tarde para detalhar resultados

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Suspeito foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. Foto: Wagner Oliveira/DP
Suspeito foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. Foto: Wagner Oliveira/DP



As últimas peças comprobatórias da autoria da morte da fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, de 28 anos, confirmam o envolvimento do comerciante Edvan Luiz da Silva, 32, no crime. As amostras de pele coletadas debaixo das unhas da vítima coincidiram com o DNA do suspeito. Além disso, também foi encontrado sangue da vítima no apartamento dele e em duas camisetas. Às 17h, a gestora de Polícia Científica, Sandra Santos, dará uma coletiva de imprensa para detalhar os resultados. Nesta tarde, acontece a audiência de custódia no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, para determinar se Edvan Luiz continuará preso ou responderá pelo feminicídio em liberdade. Familiares, amigos e movimentos sociais pedem a permanencia dele na cadeia em protesto em frente ao fórum.

No início da tarde, a Polícia Civil de Pernambuco anunciou que o exame de confronto entre pegadas encontradas no apartamento da vítima e a análise da planta de pé (podoscopia) do comerciante já havia confirmado a presença dele no apartamento. a A arma utilizada no crime, no entanto, permanece desaparecida. De acordo com os investigadores, o suspeito a teria arremassado pela janela após matar a vizinha pois fez o mesmo com uma camiseta. Acredita-se que a faca tenha caído no telhado de alguma casa próxima.

O caso
A fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo foi encontrada morta, na manhã da quarta-feira, sem roupa, no flat em que morava, no 12º andar do edifício Golden Shopping Home Service, na Rua Ribeiro de Brito, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Vizinhos disseram que, por volta das 7h, ouviram gritos e acionaram o funcionário do prédio, que chamou a polícia. O corpo da vítima foi encontrado na sala do imóvel sem roupas e com ferimento à faca no pescoço, além de cortes nas mãos. O apartamento estava todo revirado, mas não havia sinais de arrombamento na porta. Mirella, que é de Vitória de Santo Antão, formou-se em fisioterapia pela Unicap e trabalhava como vendedora produtos hospitalares.