Direto de Carpina, cidade da Mata Norte de Pernambuco, o casal de comerciantes Silvana Grassi e Júnior Andrade saem fantasiados há 10 anos. Este ano escolheram as Tartarugas Ninjas para a brincadeira. “Sempre é uma maravilha participar dessa festa. É muito bacana quando as pessoas pedem para tirar foto com você”, comenta Silvana, que vestida de Rafael, uma das tartarugas.
Já o casal de professores Isailma Barros, 44 anos, e Fábio Cardoso, 40, sempre optam pelos personagens que estão atualmente em alta. Os nórdicos Ragnar e Lagertha, da série Vikings, foram os escolhidos pelo casal. “Adoramos a série e não tinha como não ser a nossa escolha”, comenta Fábio, que já está ansioso pelo lançamento da quinta temporada do seriado.
Baseado no seu estilo de vida, o geólogo e surfista Carlos Macedo, 34, desfila de Surfista Prateado há três carnavais. “É uma fantasia confortável e que me representa bastante. As pessoas sempre param para tirar fotos”.
O espaço também foi de crítica. Fantasiados de “Família classe média branca brasileira” com faixas de “Super Otários”, Wilson Viana, 52, e seus familiares ironizam a classe média social. “É um momento oportuno para se vestir assim. Vivemos em uma sociedade na qual a classe média pensa único e exclusivamente em si”, repreende Wilson.
Sem deixar o empoderamento feminino de lado, as irmãs Danielly, 42, e Michelly Martins, 40, foram vestidas de super-heroínas. “Não somos do lar, somos da força. Nossas fantasias simbolizam isso”, ressalta Danielly, que está vestida de Mulher Maravilha. “Minha fantasia é uma analogia à rigidez que toda mulher tem ou que deveria ter. Simboliza a força”, acrescenta Michelly, que está vestida de “A Mulher de Thor”, segundo ela.
O dia também foi do bloco Lucha Libre. De acordo com os participantes, este foi o último ano dos lutadores. “Há 10 anos este bloco é realizado sem nenhuma organização. Ninguém está nem aí para nada. Este é o nosso primeiro último ano”, afirma o lutador El Hombre de Hielo, integrante desde o primeiro ano da luta.
Apesar de muita alegria e diversão, os foliões reclamaram da falta de banheiros públicos no Alto da Sé. “Não entendo o porquê dessa falta de banheiro aqui em cima (na Sé), já que o fluxo de pessoas em bastante intenso. Depois reclamam da população que não sabe se divertir sem urinar nas ruas”, crítica um dos heróis que não quis se identificar.
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