Vida Urbana

Eu Acho É Pouquinho arrasta foliões mirins pelas ladeiras de Olinda

O bloco infantil é uma raiz do Eu Acho é Pouco, ativo desde 1977

Foto: Yuri de Lira/DP

Apesar de ser a variante infantil, o bloco vermelho e amarelo também manteve o seu teor político. Embora o dragãozinho não tivesse estampado “Fora Temer”, como na alegoria adulta, o protesto ao atual presidente da República também se fez presente em bandeiras que puxavam o bloco. Não que tal manifestação seja uma heresia de carnaval num bloco para a criançada.

Tiago Feitosa levou a filha Clara, de dois anos de idade, para a folia. Foto: Yuri de Lira

O casal Amanda Mouri e Thiago Almeida, por exemplo, apresentavam o filho Davi Almeida, de um ano, à folia nesta manhã. Vestida de Turma do Chaves, a família ainda achava um lugar por perto do dragão para cair no passo quando falou com a reportagem. Não escondia a vontade de começar a brincar com o mais novo folião de Olinda. "No último carnaval, David tinha três meses e não brincou. Este é o primeiro carnaval dele, de fato", contou a mãe.

 

Moradora do bairro de Guadalupe, em Olinda, Tatiana Gomes também estreou a filha Lara nas ladeiras do sítio histórico. "Sou daqui mesmo. Eu já vinha, já brinco há muito tempo. Quis torná-la foliã logo cedo. Ela está adorando. Não pode ver um batuque que já se empolga toda" declarou a mamãe "coruja" com a pequenina no colo.

O casal Viviane Leite e André Pessoa com os filhos Arthur e Heitor. Foto: Yuri de Lira/DP

Já com 33 carnavais, o bloco infantil é uma raiz do Eu Acho é Pouco, ativo desde 1977 e que completou 40 anos nas ruas em 2017. A agremiação sempre foi alinhada às diretrizes de esquerda. Já desfilou em comícios do Partido dos Trabalhadores (PT) e em atos contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.

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