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Comunidade protesta após acidente que matou duas pessoas em Boa Viagem
Manifestações complicaram o trânsito em Boa Viagem. Polícia divulgou identidade do motorista que, segundo testemunhas, estaria embriagado e em alta velocidade

Após as mortes de duas pessoas atropeladas, moradores da comunidade Entra Apulso, em Boa Viagem, protestam na manhã desta segunda-feira para reivindicar a instalação de lombadas e outras medidas protetivas contra excessos de velocidade nas vias locais. Na Avenida Desembargador José Neves, em Boa Viagem e no Viaduto Tancredo Neves, os moradores fecharam as vias atendo fogo em pneus e pedaços de madeira. O tráfego foi fechado nos dois sentidos. O trânsito ficou bastante complicado nos dois locais. Motoristas que seguiam pela Via Mangue no sentido Zona Sul do Recife foram surpreendidos por diversos carros seguindo, em marcha a ré pela. Sem orientação, os condutores entraram em ruas paralelas para tentar retomar o percurso.
O delegado Newson Mota, que vai presidir o inquérito policial, fala sobre o caso no final da anhã de hoje no auditório do Departamento de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (Depatri). A ocorrência foi registrada no posto policial do Hospital da Restauração (BO 16E0334001089) e também pela Delegacia de Boa Viagem (BO 007-18182) e está sendo investigada por meio de Inquérito Policial pela Delegacia de Polícia de Delitos de Trânsito, unidade especializada pertencente ao Depatri.
Na noite de ontem, a Polícia Civil divulgou a identidade do motorista envolvido no acidente: Pedro Henrique Machado Villaconta, de 28 anos. Segundo testemunhas, ele apresentava sinais de embriaguez e estava acompanhado por outras duas pessoas, um homem e uma mulher. Vizinhos alegam que havia latas de cerveja vazias dentro do automóvel. A passageira teria telefonado para o irmão, que a resgatou no local pouco tempo após o acidente. Os dois homens foram levados pelo Samu para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Imbiribeira. Um deles foi identificado apenas como Ruan e, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, recebeu alta. O outro teria sido transferido para um hospital particular do Recife.
As vítimas foram Isabela Cristina de Lima, de 26 anos, e Adriano Francisco da Silva, de 19 anos. Isabela, presa ao portão da casa onde entrava no momento do acidente, morreu no local. Adriano, arremessado contra o muro de uma casa vizinha, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, em estado gravíssimo, e levado ao Hospital da Restauração, no Derby, área central da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os sepultamentos estão previstos para as 16h de hoje, no Cemitério de Santo Amaro. De acordo com vizinhos das vítimas, pelo menos seis pessoas já morreram em função de atropelamentos nas redondezas nos últimos anos. A velocidade prevista na via é de 40 km/h.
Segundo o Instituto de Criminalística, mais informações poderão ser divulgadas hoje por agentes do plantão noturno daquela ocasião. A Secretaria de Defesa Social e as polícias Militar e Civil, acionadas por moradores na noite do sábado, não revelaram outros dados. De acordo com o Corpo de Bombeiros, que compareceu ao local para socorrer Adriano Francisco da Silva, a identidade do motorista não foi registrada pela corporação, já que os passageiros do carro apresentavam ferimentos leves e seriam recolhidos em seguida por viatura do Samu.
Gleidson Luis de Souza Silva, de 25 anos, vizinho e amigo das vítimas, conta que os moradores correram em direção aos portões ao ouvir o ruído da colisão. Ao chegar à calçada, encontraram as vítimas e perceberam que os ocupantes do veículo tentavam deixar o automóvel e chegar à calçada. Vizinhos impediram que o fizessem para que não fugissem, nem fossem agredidos por outros moradores da região que tentavam linchá-los.
Segundo Gleidson, Adriano e Isabela voltavam da casa da madrinha dela, na mesma comunidade, e abriam um portão quando foram atingidos. Há cerca de seis anos, uma Kombi teria atingido a casa da mãe de Adriano - ontem de portas fechadas em sinal de luto - também em alta velocidade. “Os acidentes são frequentes. Temos vizinhos com sequelas de atropelamentos, além de muros quebrados e portões derrubados frequentemente por veículos que perdem o controle ao sair do túnel (que liga o Jordão a Boa Viagem)”, diz Gleidson de Souza.
Uma vizinha, que preferiu não se identificar, estava na calçada acompanhada pela mãe no momento do acidente, e testemunhou o ocorrido. “Algumas pessoas correram para dentro das casas ao ouvir o som da freada do carro. Mas Isabela e Adriano estavam ao portão, não houve tempo para eles. Segundos antes, vinham caminhando abraçados. Eram muito amigos, muito queridos pela vizinhança”, lamenta.
[SAIBAMAIS]
Na noite de sábado, uma diarista e um estudante moradores da comunidade foram mortos atropelados por um veículo desgovernado no fim de semana. Os dois estavam na calçada da Avenida Desembargador José Neves, por volta das 22h30 do sábado, quando foram atingidos pelo carro, um Renault Sandero preto de placa PEZ 2442. Vizinhos chegaram a intervir para evitar o linchamento do motorista. O nome dele não foi fornecido pelas autoridades.
O delegado Newson Mota, que vai presidir o inquérito policial, fala sobre o caso no final da anhã de hoje no auditório do Departamento de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (Depatri). A ocorrência foi registrada no posto policial do Hospital da Restauração (BO 16E0334001089) e também pela Delegacia de Boa Viagem (BO 007-18182) e está sendo investigada por meio de Inquérito Policial pela Delegacia de Polícia de Delitos de Trânsito, unidade especializada pertencente ao Depatri.
Na noite de ontem, a Polícia Civil divulgou a identidade do motorista envolvido no acidente: Pedro Henrique Machado Villaconta, de 28 anos. Segundo testemunhas, ele apresentava sinais de embriaguez e estava acompanhado por outras duas pessoas, um homem e uma mulher. Vizinhos alegam que havia latas de cerveja vazias dentro do automóvel. A passageira teria telefonado para o irmão, que a resgatou no local pouco tempo após o acidente. Os dois homens foram levados pelo Samu para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Imbiribeira. Um deles foi identificado apenas como Ruan e, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, recebeu alta. O outro teria sido transferido para um hospital particular do Recife.
As vítimas foram Isabela Cristina de Lima, de 26 anos, e Adriano Francisco da Silva, de 19 anos. Isabela, presa ao portão da casa onde entrava no momento do acidente, morreu no local. Adriano, arremessado contra o muro de uma casa vizinha, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, em estado gravíssimo, e levado ao Hospital da Restauração, no Derby, área central da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os sepultamentos estão previstos para as 16h de hoje, no Cemitério de Santo Amaro. De acordo com vizinhos das vítimas, pelo menos seis pessoas já morreram em função de atropelamentos nas redondezas nos últimos anos. A velocidade prevista na via é de 40 km/h.
Segundo o Instituto de Criminalística, mais informações poderão ser divulgadas hoje por agentes do plantão noturno daquela ocasião. A Secretaria de Defesa Social e as polícias Militar e Civil, acionadas por moradores na noite do sábado, não revelaram outros dados. De acordo com o Corpo de Bombeiros, que compareceu ao local para socorrer Adriano Francisco da Silva, a identidade do motorista não foi registrada pela corporação, já que os passageiros do carro apresentavam ferimentos leves e seriam recolhidos em seguida por viatura do Samu.
Gleidson Luis de Souza Silva, de 25 anos, vizinho e amigo das vítimas, conta que os moradores correram em direção aos portões ao ouvir o ruído da colisão. Ao chegar à calçada, encontraram as vítimas e perceberam que os ocupantes do veículo tentavam deixar o automóvel e chegar à calçada. Vizinhos impediram que o fizessem para que não fugissem, nem fossem agredidos por outros moradores da região que tentavam linchá-los.
Segundo Gleidson, Adriano e Isabela voltavam da casa da madrinha dela, na mesma comunidade, e abriam um portão quando foram atingidos. Há cerca de seis anos, uma Kombi teria atingido a casa da mãe de Adriano - ontem de portas fechadas em sinal de luto - também em alta velocidade. “Os acidentes são frequentes. Temos vizinhos com sequelas de atropelamentos, além de muros quebrados e portões derrubados frequentemente por veículos que perdem o controle ao sair do túnel (que liga o Jordão a Boa Viagem)”, diz Gleidson de Souza.
Uma vizinha, que preferiu não se identificar, estava na calçada acompanhada pela mãe no momento do acidente, e testemunhou o ocorrido. “Algumas pessoas correram para dentro das casas ao ouvir o som da freada do carro. Mas Isabela e Adriano estavam ao portão, não houve tempo para eles. Segundos antes, vinham caminhando abraçados. Eram muito amigos, muito queridos pela vizinhança”, lamenta.
[SAIBAMAIS]