Vida Urbana

Chuvas foram causadas por vórtice ciclônico e intensificadas pelo El Niño

Segundo Apac, no Recife, choveu mais da metade do previsto para o mês

As fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana deixaram um rastro de destruição e pânico entre os pernambucanos. O tão falado El Niño intensificou um fenômeno denominado Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (Vcan) e causou as tempestades, rajadas de vento e até precipitação de granizo. A população precisou ter cuidado e paciência com as quedas de árvores, alagamentos, engarrafamentos e proliferação de insetos. Um ciclista morreu após a queda de uma árvore na Avenida Rosa e Silva, no bairro das Graças. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Climas, o clima deve permanecer assim até o domingo com as mesmas características.

O Vórtice se deslocou do oceano ao continente e as bordas dele pararam em Pernambuco. Com a temperatura média elevada - máxima 33° C -, ele gerou nuvens do tipo cumulusnimbus de 12 km de altura (altitude maior do que o nível de tráfego dos aviões). O fenômeno causou precipitações com intensidade moderada a forte, trovoadas, descargas elétricas, rajadas de vento e,  com menor frequência, granizo. Devido ao rápido deslocamento desse tipo de sistema - que pode ocorrer em aproximadamente uma hora -, não é possível prever esta situação rara com antecedência satisfatória e nem sua intensidade. No Recife, a velocidade de ventos observada chegou a 80km/h, com força suficiente para arrancar uma árvore pela raiz.

Moradores do interior registraram, em vídeo, o momento em que pequenas pedras de gelo caíram das nuvens nos municípios de Pedra, Pesqueira, Garanhuns e João Alfredo, no Agreste, e em Arcoverde, no Sertão. Com estes registros, sobe para sete o número de municípios atingidos pelo fenômeno e, segundo a Apac, não há possibilidade de prever a ocorrência desse tipo de precipitação, mas chuvas bem fortes devem atingir o Sertão nas próximas 24 horas.

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Em três horas choveu…

62 mm em Olinda

52 mm em Recife

48 mm em Jaboatão dos Guararapes

42 mm em Paulista

41 mm em Camaragibe

38 mm em Igarassu

A Apac adiantou que, em três horas, choveu no Recife mais do que o registrado durante todo o mês de janeiro de

2015, quando foi registrado 64,6 mm de precipitação. A média histórica para o mês é de 103 mm, ou seja, choveu mais do que a metade do previsto. Em Olinda, município em que mais choveu, as precipitações superaram em três vezes o total registrado durante todo o mês de janeiro de 2015, quando choveu apenas 24,6 mm.

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