Avenida na zona norte de Recife se divide entre os esportes e as drogas

A Avenida Professor José dos Anjos figura entre as vias do Recife conhecidas mais pelos pontos de referência do que pelo próprio nome. Quando citada em conversas, a avenida, espalhada por Campo Grande, Arruda e Casa Amarela, é a “rua do Canal do Arruda”, que a “rua que passa debaixo do Arruda” e a “rua termina no Sesc de Casa Amarela”. À essas identificações podemos acrescentar mais duas: a de lugar para caminhadas e esportes, enquanto há sol, e para consumo de drogas, quando a noite chega.

As duas surgiram após a prefeitura pavimentar o trecho do logradouro entre a Avenida Norte e a Rua Guimarães Peixoto, em Casa Amarela e perto de onde, se concluídas desapropriações, será feita uma alça de acesso ao trecho da Professor José dos Anjos, no Arruda. Com a alça, o giro à esquerda na Avenida Norte, em frente ao Sesc, no sentido subúrbio/cidade, acabaria e congestionamentos seriam reduzidos. Enquanto o projeto permanece incompleto, os frequentadores do espaço provisório de esporte se dariam por satisfeitos com um esquema, mesmo provisório, de segurança. O passo inicial seria colocar alguns postes de iluminação e, nas horas primeiras da noite, uns policiais em ronda.

 

Pode-se reclamar do aumento de ambulantes e de sujeira nos bairros centrais do Recife nesta época. Não se pode falar do colorido. A variedade de produtos, de meias a capas de celulares e de óculos a enfeites natalinos, em tabuleiros e barracas faz da Rua das Calçadas um exemplo dessa babel.

Galhos de árvores estavam amontoados ontem, no meio da tarde, em uma das calçadas da Rua Engenheiro José Apolinário, na Imbiribeira. Nada haveria de extraordinário no fato, segundo moradores, se não fossem os galhos deixados no lugar há cerca de 15 dias após a poda de duas árvores.

Mal começou a semana natalina e um grupo de pessoas ocupou um terreno em lugar privilegiado em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. Esqueletos de barracos podiam ser vistos, já madrugada de ontem, no matagal em frente ao Atacadão e a menos de quinhentos metros da prefeitura.

Cavalos são criados soltos no Recife e em Olinda. Na Iputinga, um animal caminhava à procura de alimentos, enquanto em Ouro Preto, Olinda, outro bicho cruzava a Rua Nilo Coelho, a conhecida II Perimetral, assustando motoristas que também faziam malabarismo para escapar da pista alagada.

A situação do Hospital João Ribeiro, em Itapissuma, segundo médicos da rede municipal, é de penúria. Equipamentos sucateados, ambulâncias quebradas, escassez de medicamentos e falta de segurança constam na lista de queixas, que se estendem aos postos de saúde.

Perto do Natal, proprietários de imóveis alugados à Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), na Região Metropolitana, decidiram reforçam as orações ao Menino Jesus para receber os aluguéis atrasados. São cinco meses sem ver a cor do dinheiro e, para desespero deles, nenhum sinal de pagamento.