Moradores da comunidade Olga Benário fazem novo protesto e uma pessoa é presa
Grupo menor foi para o bairro da Mustardinha tentar ocupar novo terreno, mas foi frustrado pela Polícia Militar

Os moradores expulsos da comunidade Olga Benário, instalada nas proximidades da Justiça Federal, na Avenida Recife, bairro do Jiquiá, voltaram a fazer protesto nesta sexta-feira. A comunidade bloqueou a via, sentido Zona Sul/BR, e ateou fogo em pneus e madeiras. Também foram colocadas carcaças de veículos queimados durante a desapropriação na avenida. Durante a manifestação, uma pessoa foi detida por desacato.
[SAIBAMAIS]As famílias estão em frente ao terreno desde o período da manhã, mas somente por volta das 16h o protesto recomeçou. Vinte policiais militares estão no local. A Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros foram acionados para liberar a circulação de veículos.
Um grupo menor com dez famílias encontrou outro terreno livre no bairro da Mustardinha e tentou ocupar, mas a Polícia Militar foi acionada e expulsou novamente as famílias.
Desocupação
A ação de reintegração de posse da comunidade Olga Benário, instalada em um terreno nas proximidades do prédio da Justiça Federal, na Avenida Recife, bairro do Jiquiá, no Recife, realizada durante o dia de ontem, terminou em confronto e saldo de presos e feridos. De acordo com a Polícia Militar, pelo menos 10 pessoas foram detidas e encaminhadas à Central de Flagrantes por vandalismo, lesão corporal, ameaça e depredação ao patrimônio. Porém, todas foram liberadas no fim da tarde. Ainda segundo a PM, um manifestante foi encaminhado ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) por pilotar uma moto de cinquenta cilindradas roubada e estar de posse de uma faca peixeira. A PM alegou também que dois policiais ficaram levemente feridos por pedradas.
Para garantir que a ação judicial fosse concretizada, um total de 800 policiais militares foram convocados. O conflito começou quando os PMs formaram uma barreira, impedindo que a população entrasse no terreno, inclusive para recuperar objetos que estivessem dentro dos 1.500 barracos montados. Os manifestantes lançaram pedras contra os oficiais e contra um motorista de um trator. Em resposta, os PMs dispararam de balas de borracha e bombas de gás.