O Recife pela janela do metrô
No mês em que o sistema ferroviário completa 30 anos de implantação, registramos algumas das paisagens que traduzem a cidade por onde os trens passam

No mês em que o metrô do Recife comemora 30 anos, o Diario fez uma viagem pelas paisagens que emolduram as janelas dos seus trens, na capital e também em Jaboatão dos Guararapes. As três linhas (Centro, com dois ramais, e Sul) que compõem o sistema transportam uma média de 400 mil usuários por dia. Gente que, embora de passagem, está inserida num cenário que se repete, mas que se dinamiza a cada olhar de um passageiro embarcado.
As cores do morro
Os morros com casas aglomeradas são imagens comuns no cenário de quem pega o metrô no sentido Jaboatão. Há quem contemple, mas há os que prefiram a companhia de uma palavra cruzada ou do celular. Seja como for, impossível não notar as habitações desordenadas em áreas com deficiente infraestrutura.
Constrastes por trás do vidro
As palafitas que margeiam um trecho do Rio Jiquiá, em Afogados, evidenciam um Recife de miséria. A estudante Shirley Felix, 17, comenta: “A vista dessa linha só mostra pobreza. Prefiro a Linha Sul, que dá pra vê o shopping”.
Um ginásio vazio
Na rota que leva os passageiros até a Estação Shopping, Linha Sul, a estrutura do antes movimentado ginásio Geraldão agora irrompe na paisagem com o vazio de uma refoma que não terminou. “Lembro do show de Xuxa, que a minha mãe me levou para assistir aí”, contou a vendedora Luana Pereira, 35, que usa o metrô “todo santo dia”.
Toque rural na paisagem urbana
Entre as estações Alto do Céu e Curado, o olhar do usuário mergulha no Rio Jaboatão, que oferece um respiro entre os morros tão comuns nos dois bairros. A aproximação de Jaboatão Velho, que tem característica mais rural, pinta a janela com o verde da vegetação.
Natureza e concreto
Na Linha Sul, os usuários miram um Recife de grandes empreendimentos. Os prédios que invadem as janelas só não chamam mais atenção do que a paisagem natural composta por trechos de manguezal e rios.