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DHPP vai atuar permanentemente nas bocas de fumo para inibir homicídios

Operação DHPP nas Ruas é alicerçada no fato de que principal motivação homicídios está associada ao tráfico

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O Departamento de Homicídio de Proteção a Pessoa (DHPP) vai atuar permanentemente nas chamadas bocas de fumo mapeadas do Recife. A decisão foi informada no final da tarde pela Polícia Civil da Pernambuco (PCPE), citando a operação DHPP nas Ruas, com a argumentação de que o tráfico de drogas é a principal motivação para o cometimento de homicídios no estado.

Para indicar que o tráfico de drogas seria a principal motivação de homicídios em Pernambuco, a Polícia Civil se refere a dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS) referentes a crimes violentos letais intencionais (CVLIs) do mês de junho, quando teriam ocorrido 105 mortes que tiveram motivações creditadas a entorpecentes/drogas. O informe amplia a descrição de causas para disputa de território ou pagamento de dívidas atribuídas à prática do tráfico de entorpecentes, equivalendo a 27,6% do total de homicídios (380) contabilizados.

O segundo item dos dados de junho é definido como acerto de contas, com 88 homicídios (23,2%); seguindo-se conflitos na comunidade, com 65 (17,1%); a definir, com 48 (12,6%). Os demais são: excludente de ilicitude, com 24 (6,3%); outras atividades criminais, com 18 (4,7%), com crimes contra o patrimônio resultante em morte, com 14 (3,7%); outras motivações, com 8 (2,1%); feminicídio, com 8 (2,1%); e conflitos afetivos ou familiares (exceto feminicídio), com 2 (0,5%). 

Segundo a Polícia Civil, na última quinta-feira da semana passada uma equipe de policiais civis comandada pelo delegado Diego Acioli prendeu três foragidos do sistema penitenciário durante a operação DHPP nas Ruas. Um deles foi Luiz Carlos de Oliveira, foragido desde 2003, de São Paulo, que responde por homicídio e tentativa de homicídio contra policiais militares no estado de origem. O segundo, Ivson Carvalho da Silva, condenado a 20 anos de prisão pelos crimes de latrocínio, associação criminosa e tráfico de drogas, foragido desde outubro de 2014. E o terceiro foi Laercio Francisco da Silva, foragido há quase um ano, condenado a seis anos e oito meses por latrocínio e roubo qualificado.

Assassinato de comissário

Também será apresentado nesta terça-feira as imagens de dois homens que teriam participado do latrocínio que vitimou o comissário aposentado da Polícia Civil, José Augusto Bonnannete, no mês passado.