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Wearables: consumidores querem aparelhos conectados, mas ainda não compram
Pesquisas mostram interesse do consumidor, mas fatores como baixa funcionalidade e preço alto pesam na decisão de compra

Barcelona – Relógios e pulseiras inteligentes são a face mais popular dos chamados wearables, aparelhos conectados à internet e que são usados no corpo. No World Mobile Congress, que se encerra nesta quinta-feira, quase todo estande de grandes e médios fabricantes contava com algum tipo de wearable. Em muitos casos, era apenas um relógio com conexão à internet, monitor cardíaco, contador de passos e nada muito mais além disso. Apesar da insistência dos fabricantes, a moda ainda não está nas ruas. Uma pesquisa da operadora espanhola Telefônica mostrou que 60% dos clientes sabe o que é um wearable, mas apenas 2% já comprou um.
[SAIBAMAIS]
Outra pesquisa, desta vez nos Estados Unidos, afirma que um terço das pessoas que compraram um wearable pararam de usá-lo em menos de 12 meses. Os desafios para que os fabricantes conquistem os consumidores são inúmeros. “Há um interesse crescente nesse tipo de dispositivos, mas as pessoas ainda não estão prontas para dar o passo além e comprar esses aparelhos. Isso deve mudar em 2015”, acredita o presidente de consumo da Telefônica, Stephen Shurrock, que participou de um dos seminários do WMA.
Para Shurrock, ainda há vários problemas que os fabricantes devem consertar para popularizar os wearables: aparelhos mais confortáveis e bonitos, funcionalidade e usabilidade focado nos dispositivos e não adaptadas de smartphones e, principalmente, o preço, que afasta os consumidores que querem experimentar o produto.
Wearables ainda não são rentáveis para as companhias telefônicas
Outra pesquisa citada no World Mobile Congress mostra que, por enquanto, os wearables e móveis conectados não estão sendo uma boa aposta em termos de consumo de banda larga. A empresa Syniverse afirma que, para as operados de telefonia celular, os dispositivos são uma “distração” e devem gerar US$ 3,3 bilhões para as operadoras de todo mundo. Pode parecer muito, mas fica bem abaixo do potencial crescimento de US$ 30 bilhões para o serviço de roaming, que já é um mercado de US$ 57 bilhões. Os wearables, contudo, devem ajudar no futuro no crescimento dos lucros com roaming, já que o uso de banda larga é indispensável para esses dispositivos.
* A jornalista viajou a convite da Samsung