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Esporotricose: doença transmitida por gato está descontrolada, diz médico; veja sintomas

Doença causada por um fungo pode afetar tanto humanos quanto animais

Causada quando um fungo do gênero Sporothrix entra no organismo através de uma ferida na pele, a esporotricose humana, uma micose subcutânea que pode afetar tanto humanos quanto animais, ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa por meio de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira, contato com vegetais em decomposição ou arranhões ou mordidas de animais doentes, sendo o gato o mais comum.


O desenvolvimento da lesão inicial naqueles contaminados pelo fungo causador da esporotricose humana é similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea. 

Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, os sintomas se assemelham aos da tuberculose e é possível que os portadores da doença experimentem tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre

O fungo também pode afetar os ossos e articulações, se manifestando como inchaço e dor nos movimentos, semelhantes ao de uma artrite infecciosa

As formas clínicas da doença dependem de fatores como o estado imunológico do indivíduo e a profundidade da lesão. O período de incubação varia de uma semana a um mês, podendo chegar a seis meses após a entrada do fungo no organismo humano.

Qual é o tratamento da esporotricose humana?

Uma vez que o diagnóstico da esporotricose humana tenha sido feito, através de uma correlação entre dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, o tratamento deve ser realizado com orientação e acompanhamento médico

Sua duração varia de três a seis meses, podendo chegar até mesmo a um ano, até que o paciente seja curado. Para ele, são utilizados os antifúngicos itraconazol, iodeto de potássio e terbinafina, além do complexo lipídico de anfotericina B para as formas graves e disseminadas. 

O itraconazol e o complexo lipídico de anfotericina B são oferecidos para o tratamento da esporotricose humana de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Como prevenir a esporotricose humana?

A principal medida de prevenção e controle contra a esporotricose humana é evitar a exposição direta ao fungo. Para isso, deve-se usar luvas e roupas de mangas longas em atividades que envolvam o manuseio de material proveniente do solo e plantas, assim como calçados em trabalhos rurais. 

Além disso, toda e qualquer manipulação de animais doentes pelos seus donos e veterinários deve ser feita com o uso de equipamentos de proteção individual (EPI)

Os bichos com suspeita da doença não devem ser abandonados, assim como o animal morto não deve ser jogado no lixo ou enterrado em terrenos baldios, uma vez que isso manterá a contaminação do solo. O sugerido é que seus corpos sejam cremados, minimizando a contaminação do meio ambiente e, assim, interrompendo o ciclo da doença.

Aqueles com lesões suspeitas de esporotricose devem procurar atendimento médico, preferencialmente um dermatologista ou infectologista, para investigação, diagnóstico e tratamento.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco