O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, comemorado em 19 de outubro, é dedicado a aumentar a conscientização sobre o câncer de mama, promover a detecção precoce e apoiar as pessoas afetadas por essa doença, responsável por cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres no Brasil.
Não apenas nesta data, mas durante todo o mês de outubro, campanhas são realizadas ao redor do mundo para incentivar mulheres a fazerem mamografias, ensinar sobre a importância do autoexame e arrecadar fundos para a pesquisa e o tratamento do câncer de mama.
O que causa o câncer de mama?
Não existe uma causa única para o câncer de mama, mas, assim como em vários outros tipos de câncer, a idade é um dos fatores que aumentam o risco do seu desenvolvimento.
Além disso, fatores fatores como idade da primeira menstruação menor que 12 anos, menopausa após os 55 anos, primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal pós-menopausa também estão ligados ao aumento do risco de câncer de mama.
Existe, ainda, a presença de mutações em determinados genes transmitidos na família, especialmente BRCA1 e BRCA2.
É possível que mulheres com histórico de casos de câncer de mama em familiares consanguíneos, principalmente jovens, de câncer de ovário ou de câncer de mama em homem possuam predisposição genética, sendo consideradas de risco elevado para a doença.
Quais são os sintomas do câncer de mama?
O aparecimento de nódulo, que costuma ser indolor, duro e irregular, é o sintoma mais comum de câncer de mama. Tumores com consistência branda, globosos e bem definidos também existem, no entanto. Também podem ser sintomas de câncer de mama.
- Edema cutâneo (na pele), parecido com uma casca de laranja;
- Retração cutânea;
- Dor;
- Inversão do mamilo;
- Hiperemia;
- Descamação ou ulceração do mamilo;
- Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.
A secreção associada ao câncer, que costuma ser transparente, também pode ser rosada ou avermelhada devido a presença de glóbulos vermelhos. Linfonodos palpáveis também podem surgir na axila.
Como é feito o diagnóstico do câncer de mama?
Quando um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas é percebido, a melhor opção é investigar e, a partir disto, descobrir se se trata ou não um caso de câncer de mama. Para isso, o recomendado é um exame clínico das mamas, além de exames de imagem como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.
A confirmação diagnóstica, no entanto, é de fato realizada por meio de uma biópsia, onde ocorre a retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita através de extração por agulha ou de uma pequena cirurgia. Em seguida, esse material é analisado por um patologista, o responsável por dar um diagnóstico.
Como prevenir o câncer de mama?
A detecção precoce do câncer de mama é uma forma de prevenção secundária, tendo como objetivo identificar o câncer de mama em estágios iniciais. Para que isso aconteça, duas medidas podem ser tomadas: o diagnóstico precoce e o rastreamento.
Na primeira delas, ocorre a busca pela identificação de pessoas com sinais e sintomas iniciais da doença, garantindo que elas recebam assistência durante todas as etapas do tratamento. Já no segundo caso, pessoas sem os sintomas da doença têm a possibilidade de identificar o câncer em sua fase pré-clínica. Atualmente, o rastreamento é indicado apenas para casos de cânceres de mama e do colo do útero.
Manter fatores de risco sob controle e estimular os fatores protetores, particularmente aqueles que são considerados modificáveis, também são ações importantes para prevenir o câncer de mama.
Em geral, a prevenção é baseada no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, como, por exemplo, a amamentação. Os principais fatores de risco comportamentais relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama são:
- Excesso de peso corporal;
- Falta de atividade física;
- Consumo de bebidas alcoólicas.