O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), admitiu ter interesse em disputar a Presidência da República, em 2026, representando a centro-direita. Na sua passagem pelo Recife, nesta quarta-feira (26), o pessedista disse que a candidatura dependerá de uma decisão interna do partido. Ele se coloca como oposição ao Governo Lula, apesar de o PSD ocupar ministérios e lembrou que foi contra a participação na gestão federal. Ratinho Júnior esteve na capital pernambucana para participar do debate-almoço promovido pelo LIDE.
“Seria sem dúvida é um grande sonho ter essa oportunidade de ser candidato, discutir o Brasil, debater o País. Eu represento uma nova safra da política do Brasil. Nós temos a obrigação de colaborar e dar um olhar, um novo pensamento, uma nova maneira de se ver a gestão pública. Mas é um passo que é dado internamente no partido”, assinalou Ratinho Júnior. O governador foi reeleito em 2022 com 69,64% dos votos.
Questionando sobre essa presença no Governo Federal, o pessedista disse que se colocou contra. Só que houve apoio da maioria para as indicações. No entanto a candidatura própria não está descarta, como já declarou o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
“O PSD passou a ser um dos maiores partidos do Brasil e tem quadros fantásticos. Eu sou um deles e estou à disposição. Eu fui contra desde o início. Discuti isso com a bancada, parte dela não concorda. Entendo que o partido deveria ter independência, mas tem uma discussão que é da bancada, que muitas vezes acaba optando para ter mais acesso ao Governo, ter uma maior facilidade de poder liberar recursos para as suas bases. Isso é importante, mas entendo que a independência seria mais. Fui voto vencido e tenho que respeitar”, comentou.
Ratinho Júnior deixou claro que não tem interesse no debate polarizado, que vem ocorrendo no País entre esquerda e direita representadas pelo presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Argumentou que a discussão deve ser metodológica e não ideológica.
“Eu tenho alguns princípios que defendo. Sou um cara que defende a liberdade, a valorização da vida, o estado menor, respeito as religiões. Então, isso tudo me coloca num campo de centro-direita. Acho que a máquina tem que ser cada vez menor. Sou a favor de trazer iniciativa privada para prestar serviço público. Alguns colocam a gente nesse campo (da direita), mas acho que, mais do que essa questão de discussão ideológica, nós temos que discutir a metodologia dos países que deram certo, para poder melhorar a qualidade de vida da população”, salientou o governador do Paraná.
Raquel Lyra
Sobre o fato de a governadora Raquel Lyra ter trocado o PSDB pelo PSD para se aproximar do presidente Lula (PT), o governador do Paraná observou que é importante abrir o diálogo, conforme as necessidades de cada localidade.
“Acompanho o trabalho do governadora Raquel Lyra, que tem destacado. A gente tem acompanhado mais a questão da gestão do que propriamente dito a questão da política, que é uma discussão muito mais às vezes local ou regional”, respondeu Ratinho Júnior.
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