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Bolsonaro pode ser preso? Entenda o que acontece com ex-presidente após virar réu

Primeira Turma do STF acatou, por unanimidade, denúncia da PGR contra %u2018núcleo crucial%u2019 da trama golpista


O ex-presidente Jair Bolsonaro é réu, acusado de envolvimento na trama golpista. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, receber a denúncia da Procuradoria-Geral da República que aponta oito pessoas, incluindo Bolsonaro, de comandar a tentativa de golpe em 2022 – o chamado “núcleo crucial”. O julgamento foi o marco inicial de uma ação penal, que pode resultar em condenação.

 

Com a denúncia aceita pelo STF, os próximos passos são a produção de provas, a perícia de documentos, a escuta das partes, peritos e testemunhas, e contestações por parte das defesas dos acusados, que podem pedir a anulação de determinadas provas. Essa etapa de instrução não possui prazo para acontecer.

 

Apresentadas as provas e argumentos, a Primeira Turma do STF deve decidir se condena ou absolve os oito réus. É apenas no caso de uma condenação, ao final do trâmite, que Bolsonaro pode ser preso.

 

A prisão poderia ser decretada preventivamente – ou seja, antes do final do processo – caso a Justiça considere que o ex-presidente representa riscos para a investigação ou à sociedade. O ex-ministro da Defesa, General Braga Netto, está preso desde o ano passado por interferir no andamento do processo.

 

Se for decidida a condenação, o STF deve estabelecer, também, a pena dos envolvidos para cada crime imputado. Todos os oito réus são acusados de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.

 

Como o caso será julgado pela Primeira Turma do STF, composta apenas por cinco dos 11 ministros, Bolsonaro pode recorrer ao plenário no caso de uma condenação.

 

Núcleo Crucial

 

A Procuradoria-Geral da República separou as denúncias em cinco partes e quatro núcleos, divididos pelas funções que teriam desempenhado na tentativa de manter Bolsonaro no poder em 2022.

 

O “núcleo crucial”, como é conhecido o principal grupamento de acusados, é composto pelos apontados como líderes da trama golpista. São eles:

 

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco