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"Não está no meu horizonte a filiação partidária", diz Paulo Câmara

O ex-governador de Pernambuco saiu do PSB no começo deste ano, após ser preterido por integrantes da legenda para indicação em um ministério no governo Lula

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Sem partido após ser rifado por integrantes do PSB na indicação de um ministério no governo Lula, o presidente do Banco do Nordeste e ex-governador, Paulo Câmara, afirmou que não pretende se filiar a partido político a curto prazo. Com um orçamento de R$ 38 bilhões em créditos ao pequeno e médio empresariado em 2023 ele não tem pressa para definir o novo caminho partidário e disse fazer política sem precisar estar em legendas. A expectativa é se ele tentará uma vaga no Senado em 2026.


“A dinâmica da política ainda não começou. Para o ano vai ter eleição municipal e a gente continua na vida pública, continua militando, mas não necessariamente precisamos estar filiados para isto. Filiei-me para ser candidato a governador e agora estou sem partido e fazendo política do mesmo, conversando com as pessoas, tendo a capacidade de ouvir, levando o banco para onde precisa levar. Não está no meu horizonte a curto prazo filiação partidária”, disse.


Questionado sobre a possibilidade de assumir uma cadeira na Esplanada, em Brasília, com a iminente saída de Flávio Dino (PSB) do Ministério da Justiça para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Paulo Câmara falou que não há conversas sobre o assunto, mas que está a disposição do presidente Lula para novas deliberações.


“A gente está muito satisfeito com o trabalho que está sendo feito no banco. E nossa expectativa é continuar realizando este trabalho no próximo ano, mas vamos aguardar as coisas. Política tem muita dinâmica. A gente fica sempre a disposição do presidente da república deliberar sobre isto”, destacou Câmara.


A provável saída de Dino despertou a cobiça de aliados pelo cargo. Integrantes do PSB já reivindicaram a permanência no espaço. O nome defendido pelos socialistas é o do secretário-executivo de Dino, Ricardo Cappelli. O PT e o MDB também se articulam para abocanhar a vaga.