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TSE declara Luciano Hang inelegível por abuso de poder econômico
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou inelegível até 2028, nesta quinta-feira (4), o empresário Luciano Hang por abuso de poder econômico durante as eleições municipais de 2020. A justiça entendeu que o dono das lojas Havan fez campanha ostensiva em favor da eleição de Ari Vequi (MDB) para prefeito de Brusque, em Santa Catarina.
A ação foi movida pela chapa formada por Podemos, PT, PSB e PV, alegando que a estrutura, bens, funcionários, fornecedores, além de ações de marketing da Havan, foram usados para favorecer os eleitos. Com a decisão, Ari Vequi e Gilmar Doern (Republicanos), vice-prefeito de Brusque, foram cassados.
Durante o julgamento, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, destacou que houve uma "campanha paralela" para prejudicar os adversários, o que desvirtua as eleições. "Se nós autorizarmos empresas que estabeleçam durante a campanha publicidade paralela sem nenhum limite, nós estaremos placitando o abuso de poder econômico", afirmou.
Votaram junto com Moraes a ministra Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, Sergio Banhos e Carlos Horbach. O TSE informou que uma nova eleição deve eleger um novo prefeito para a cidade.
Na semana passada, Hang, que cultivou uma relação de proximidade com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), havia ganhado uma ação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que processou o empresário por faixas que o chamavam de "ladrão" e "cachaceiro", entre 2019 e 2020. A decisão considerou que as frases eram de intenção "jocosa e irônica".