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Durante cerimônia de posse, Ranilson Ramos assume presidência do TCE
O novo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), Ranilson Brandão Ramos, foi empossado ao cargo na manhã desta segunda-feira, durante cerimônia realizada no Auditório Centro Cultural Rossini Alves Couto, no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no Recife. Durante a oportunidade, Ranilson destacou o comprometimento em exercer seu mandato “com lealdade, responsabilidade e compromisso com o controle externo”, e também mencionou as prioridades e iniciativas que serão adotadas durante sua gestão, tendo destaque o compromisso com a economia pernambucana no pós-pandemia e o acompanhamento de políticas públicas nos municípios.
Nascido em Orocó, Sertão de Pernambuco, Ranilson Ramos, 64 anos, formado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), possui uma ampla atuação no estado. Sua vida pública teve início em 1985, quando foi eleito vereador de Petrolina, em seguida vieram três mandatos de deputado estadual, além das passagens pelo Executivo como diretor do LAFEPE, presidente da Agência de Regulação do Estado (ARPE) e Secretário de Estado da Agricultura e Reforma Agrária. Em 2013, foi nomeado conselheiro do TCE pelo, à época, governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
Em um discurso de aproximadamente 30 minutos, Ranilson Ramos agradeceu a presença das autoridades locais, bem como os servidores e integrantes do TCE-PE que lotaram o Auditório Centro Cultural Rossini Alves Couto. Dentre as demandas que integrarão sua gestão, o presidente destacou o compromisso com as políticas públicas no estado – ponto principal do plano estratégico do TCE para o período 2020-2025 – e alegou ter “consciência, como presidente desta Corte de Contas, também como cidadão brasileiro, que preciso continuar denunciando essa injustiça que aprofunda as desigualdades regionais”, mencionando a centralização das receitas a nível federal, o que tem dificultado o financiamento de políticas públicas pelos municípios.
O compromisso com a economia no pós-pandemia também integrou o pronunciamento de Ranilson Ramos, que direcionando-se ao governador Paulo Câmara - ex-auditor fiscal do TCE -, aproveitou para elogiar a gestão socialista, que “apesar das intercorrências negativas na economia” ocasionadas pela pandemia da Covid-19, “as contas de Pernambuco se encontraram em um equilíbrio fiscal”, avaliou o presidente do Tribunal. “(...) Com vossa excelência sendo um verdadeiro auditor dos seus próprios atos, honrando, assim, a tradição pernambucana de austeridade e de compromisso social com os nossos cidadãos”. A atuação da Escola do TCE, o Prisma LAB e os esforços para superação da pandemia foram outros pontos mencionados.
Finalizando seu discurso, Ranildo disse estar ciente da responsabilidade que o aguarda durante o biênio 2022-2023, período que ficará à frente da presidência do TCE. "Fico muito agradecido pela amizade, o carinho, a confiança absoluta que todos vocês esperam pela nossa passagem pela presidência desse Tribunal”, frisou. “Estou muito feliz e consciente da responsabilidade que as conselheiras e conselheiros me entregaram para esse biênio”, finalizou sendo aplaudido por todos os presentes e cumprimentado pelas autoridades que compuseram a mesa solene.
Homenageado durante a solenidade pelos trabalhos realizados, o conselheiro do TCE Dirceu Rodolfo passou, simbolicamente, o bastão para Ranilson Ramos durante a assinatura do termo de posse, após dois anos (2020-2021) à frente da presidência do TCE, tendo assumido a Corte antes e durante o período de pandemia da Covid-19.
"Tive que lidar, em situações limites, com minhas contradições, minhas limitações e imperfeições [...] passou, como tudo passa. Trabalhei bastante, talvez como nunca [...], aprendi e isso foi o que mais fiz nesses dois anos, já sou outro servidor público.”, discursou. Voltando-se ao colega de Casa e agora novo gestor do TCE, Dirceu Rodolfo, concluindo sua fala, não poupou elogios a Ranilson Ramos, a quem chamou de a “voz renovadora que ouvidos cansados precisam escutar”.
Durante a ocasião também foram empossados os conselheiros Maria Teresa Caminha Duere, no cargo de vice-presidente; Valdecir Fernandes Pascoal, no cargo de Corregedor-Geral; Carlos Porto de Barros, no cargo de diretor da Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães; e Carlos da Costa Pinto Neves Filho, no cargo de ouvir.
Personalidades políticas
A cerimônia de posse também foi marcada pela presença de personalidades políticas do estado. Integrando a mesa solene, estiveram presente alguns nomes como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado estadual Eriberto Medeiros (PP); o procurador geral do Recife, Pedro Pontes, representando o prefeito João Campos; o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) José Coimbra Patriota Filho.
Composta por 23 pessoas, a mesa solene também contou com a presença da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) – um dos quatro nomes femininos a compor à mesa – que representou todas as prefeitas eleitas no estado de Pernambuco. Em entrevista ao Diario, Raquel disser ser uma “honra” poder representar as gestoras do estado durante a posse da presidência do Tribunal de Contas.
“Ter a oportunidade de poder representar as mulheres prefeitas de nosso estado é uma honra pra mim. Somos muito poucas ainda e é sempre bom poder estar falando sobre isso para que outras mulheres possam ocupar espaço de poder”, frisou a prefeita, que também falou do momento importante em que Ranilson assume a liderança do TCE.
“Ele assume essa função tão relevante em um momento crucial que nosso país vive, de uma necessidade de fortalecimento e reconhecimento das instituições democráticas”, mencionou.
Outros nomes da cena política que também marcaram presença na cerimônia de posse da presidência do TCE foram o deputado estadual João Paulo (PCdoB), o vereador Eriberto Rafael (PP), o ex-ministro Armando monteiro (PSDB); o ex-governador de Pernambuco João Lyra Neto; os deputados federais Silvio Costa Filho (Republicanos), Tadeu Alencar (PSB), Danilo Cabral (PSB); Ricardo Teobaldo (Podemos), André de Paula (PSD); e os secretários do estado José Neto (Casa Civil) e André Longo (Saúde), entre outros.