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Pesquisa aponta vitória de Lula enquanto rejeição a Bolsonaro sobe 4 pontos
Uma pesquisa da empresa de consultoria, pesquisa e análise de dados Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, foi divulgada nesta quarta-feira (1º) e aponta o ex-presidente petista Luís Inácio Lula da Silva como vencedor em seis cenários de primeiro turno e oito do segundo. A pesquisa tem margem de erro de 3%.
De acordo com os dados coletados entre 21 de julho e 21 de agosto, ele teria 54% dos votos contra 33% do atual presidente, Jair Bolsonaro. Na pesquisa espontânea de intenção de voto, que questionava quem o eleitor prefere que vença a eleição, Lula aparece com 42%. Em seguida, o grupo de eleitores que não querem “nem Lula, nem Bolsonaro” representa 28% dos entrevistados, seguidos pelo eleitorado bolsonarista, com 26%.
Já na pesquisa estimulada, quando o eleitor recebe opções para definir a resposta, Lula oscila entre 44% e 46%, enquanto Bolsonaro fica entre 27% e 29% em disputas com candidatos como Ciro Gomes (9%-12%), Sérgio Moro (10%), Datena (10%), João Dória (5%), Eduardo Leite (4%) e Henrique Mandetta (3%). O percentual de brancos, nulos e abstenções gira entre 2% e 4%, enquanto os indecisos vão de 7% a 10%.
Perfil do Eleitorado
A pesquisa também apontou o perfil predominante do eleitorado tanto do ex-presidente Lula como do atual ocupante do cargo, Jair Bolsonaro, traçando características como gênero, idade, região, renda, religião e escolaridade.
O eleitorado do petista é majoritariamente feminino (47%), católico (49%) e nordestino (64%), tem entre 25 e 34 anos (52%), estudou até o ensino fundamental (55%) e ganha até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.200 por mês (56%).
O eleitor de Bolsonaro é essencialmente composto por homens (33%) mais velho, com 60 anos ou mais (35%), e também mais escolarizado, com ensino superior incompleto ou mais (35%). A maior parte é evangélica (42%), vive no Centro-Oeste (39%) e ganha mais de cinco salários mínimos, ou seja, sua renda ultrapassa R$ 5.500 mensais (45%).
Avaliação do Governo Bolsonaro
A pesquisa também mediu a aprovação do governo e do presidente Jair Bolsonaro junto à população. EM julho, o mandatário era negativamente avaliado por 44% dos entrevistados, número que se manteve em agosto.
Na avaliação “regular”, o presidente caiu um ponto e manteve-se na margem de erro, de 28% para 27%. A avaliação positiva ao governo permaneceu em 26%, enquanto 3% não souberam ou não responderam.
No recorte regional, a rejeição ao presidente é maior no Nordeste, onde sua avaliação negativa foi de 49% para 56% no mês contemplado pela pesquisa, seguido pelo Noete, onde o percentual passou de 39% para 47%.
No Sul, tanto a avaliação positiva como a negativa caíram, destacando-se o crescimento dos que acham o governo “regular”, que foi de 32% para 36%. A maior aprovação a Bolsonaro vem do Centro-Oeste, onde sua avaliação positiva foi de 24% para 36% e a negativa caiu de 48% para 35%.
Entre as mulheres, 49% avaliam mal o governo, 27% consideram regular e 22% positivo, contra 2% que não souberam/não responderam. No eleitorado masculino, os percentuais são, respectivamente, 39%, 31%, 27% e 3%.
Também foi feita uma avaliação considerando em quem os eleitores votaram para presidente no 2º turno em 2018. Entre os que escolheram Fernando Haddad, a avaliação negativa cresceu e chega a 74%, a regular, em queda, registra 18% e a aprovação passou de 4% a 6%.
A base eleitoral do presidente segue aprovando o governo e registra crescimento de 5 pontos, chegando a 52%, enquanto 31% consideram regular, 15% negativo e 1% não respondeu.
Entre os que votaram em branco e nulo na última eleição, a avaliação negativa de Bolsonaro caiu 6 pontos, mas segue registrando um alto índice: 56%. 29% consideram o governo regular, 14% aprovam e 5% não sabem.
Entre a população que não votou, 50% desaprovam o presidente, 31% veem sua gestão como regular e 14% a aprovam, enquanto 4% não respondeu.
Saindo da análise ao governo e focando na figura de Bolsonaro e seu comportamento, 66% desaprovam as atitudes do presidente, enquanto 29% o aprovam e 5% não souberam responder. Para mais detalhes, confira a pesquisa na íntegra.