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Vice da Câmara reage a Comandante da Aeronáutica: 'Extrapolou limites'

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A queda de braço entre as Forças Armadas e o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), ganhou mais um capítulo. O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), foi às redes sociais nesta sexta-feira (9) para defender Aziz dos ataques feitos pelo comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, em entrevista ao jornal O Globo.
 
Carlos Junior afirmou que os militares estão incomodados com a tentativa de associação, por parte da CPI, entre a corporação e as suspeitas de corrupção apuradas pelos senadores na compra da vacina Covaxin. A insinuação foi feita durante o depoimento de Roberto Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde na última quarta-feira (7). 

Marcelo Ramos, por sua vez, disse que não é função do comandante da Aeronáutica limitar os trabalhos feitos na CPI: “O comandante da Aeronáutica extrapolou seus limites institucionais. Não cabe a ele impor limites as investigações da CPI e nem impedir investigação sobre a conduta de militares no exercício de funções civis”. 

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica emitiram uma nota oficial repudiando as declarações de Omar Aziz na CPI. “A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são instituições pertencentes ao povo brasileiro e que gozam de elevada credibilidade junto à nossa sociedade conquistada ao longo dos séculos... As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”, diz o comunicado.

Ramos alegou que não houve insinuações da CPI às Forças Armadas: “A crítica foi a militares afastados de suas funções e hoje a serviço do governo, alguns deles suspeitos de corrupção na compra de vacinas. A nota é desproporcional e configura tentativa de constranger o Parlamento”.