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Renan critica indiciamento e Bolsonaro: '300 mil mortes eram evitáveis'

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O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, fez uma síntese sobre os primeiros 60 dias de trabalhos do colegiado neste sábado (4). Ele criticou a postura adotada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e chamou o chefe do Executivo de "charlatão" e "lobista".

“Síntese de 60 dias de CPI: Bolsonaro desdenhou da pandemia, criou governo paralelo, sabotou os imunizantes, alastrou o vírus e entregou vidas a charlatães e lobistas de cloroquina como ele e os filhos; 300 mil mortes eram evitáveis; só quis a vacina quando houve chance de propina”, escreveu o senador em sua conta do Twitter.

A CPI da COVID foi instalada no Senado Federal em 27 de abril deste ano. Senadores apuram possíveis ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia do coronavírus e repasses de verbas a estados e municípios. Os depoimentos tiveram início em 4 de maio, com Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, o primeiro gestor da pasta no governo Bolsonaro.
 
Indiciamento

O senador também aproveitou para comentar sobre seu indiciamento por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela Polícia Federal. De acordo com a investigação, Renan teria pedido e recebido R$ 1 milhão em propina da Odebrecht em 2012.
 
O relator da CPI da COVID compartilhou uma publicação da procuradora Janice Ascari, no qual ela dizia que o STF decidiu que a polícia não pode indiciar pessoas com foro especial por prerrogativa de função. E comentou: "Operadores do Direito que prezam a Constituição continuam a estranhar os atos ilegais das Volantes que se alinham aos gabinetes do Horror".