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Oposição comemora nas redes sociais inquérito da PGR contra Bolsonaro
Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciar nesta sexta-feira (2) que solicitou a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro (sem partido), por suposta prevaricação, as redes sociais foram bombardeadas com a comemoração da oposição e o silêncio de apoiadores do presidente da República.
O inquérito vai apurar dennúncias que envolvem as negociações para compra da vacina Covaxin. Bolsonaro é alvo de notícia-crime, enviada na última segunda-feira (28) ao STF por senadores, por prevaricação.
Os parlamentares apontam que o presidente ignorou alertas, feitos ainda em março, de que haveria corrupção no processo de compra do imunizante, intermediado pela Precisa Medicamentos.
Frases como "o cerco está se fechando", "empurra que ele cai" e "a casa tá caindo" foram usadas por políticos de oposição como as deputadas federais Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Talíria Petrone (Psol-RJ), o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) e Ivan Valente (Psol-SP).
No twitter, Ciro afirmou: "As manifestações vão ajudar o Brasil a tirar essa inércia da Câmara dos Deputados sobre o impeachment. Os políticos estão de olho na carne, estão comendo dentro do chafurdo de ladroeira, de corrupção, de clientelismo que é o governo Bolsonaro. Se a gente empurrar, Bolsonaro cai!".
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-PE), afirmou que a investigação da Procuradoria é um resultado "claro" do trabalho de apuração feito pelo Senado Federal acerca de possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia.
Do outro lado, a maioria dos políticos aliados do presidente continuam em silêncio. Até mesmo seus filhos, Eduardo, Carlos e Flávio Bolsonaro, usuários ávidos das redes sociais, também ainda não se manifestaram.
A procuradora bolsonarista Thaméa Danelon, que atua no Ministério Público Federal em São Paulo, disse que a abertura do inquérito desrespeita a Constituição Federal. "A Min Rosa Weber desrespeita o constitucional Sistema Acusatório ao determinar a abertura de investigação pela PGR para apurar eventual crime de prevaricação pelo Presidente da República. O correto seria AGUARDAR o término da CPI e, recebido o relatório, a PGR se manifestaria", afirmou.
Neste sábado (3), movimentos sociais e políticos de oposição farão um ato nacional contra o governo de Jair Bolsonaro. As manifestações estavam agendadas para 23 de julho, mas, diante das suspeitas contra o atual chefe do Executivo nas denúncias de corrupção e propina na compra de vacinas, os organizadores anteciparam o protesto.