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Marinha endossa ataque de Comandante da Aeronáutica a Omar Aziz

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Em mais uma batalha entre as Forças Armadas e o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), o comandante da Marinha, almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, defendeu o tenente-brigadeiro do ar Carlos Júnior, comandante da Aeronáutica, nos ataques ao parlamentar. 
 
No depoimento de Roberto Dias, diretor de logística do Ministério da Saúde na última quarta-feira (7), Aziz insinuou que os militares estariam envolvidos no esquema de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin.
 
A afirmação provocou reação das Forças Armadas, que divulgou nota de repúdio ao senador. Em entrevista ao jornal O Globo, Carlos Junior fez pesadas críticas à CPI e à conduta de Aziz nas investigações que apuram omissões do governo federal no combate à pandemia.
 
Carlos Junior ganhou apoio do comandante da Marinha, que pregou o espírito de união em postagem nas redes. “Nos momentos de festa ou de dor, os militares estarão sempre unidos, em prol do povo brasileiro. Espírito de corpo forte. Corporativismo, jamais!”, afirmou Almir Santos,que compartilhou a entrevista concedida por Carlos Junior. 
 
Na queda de braço, da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM) defendeu publicamente Omar Aziz dizendo que “o comandante da Aeronáutica extrapolou seus limites institucionais” e o condenou, por impor limites nas investigações da CPI. 
 
Na entrevista, o tenente-brigadeiro disse que se incomodou com os ataques da CPI ao ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e ao ex-secretário da pasta, Élcio Franco.

“Aziz colocou esses ataques aos militares de uma forma que nos parece generalizada. E esta observação dele já se repetiu em algumas outras oportunidades, particularmente em relação ao general (Eduardo) Pazuello (ex-ministro da Saúde) e ao Elcio (Franco, ex-secretário-executivo da Saúde). A CPI acontece para levantar os fatos e as possíveis responsabilidades, mas a gente precisa saber que é um inquérito, é uma fase investigativa. Aquilo lá é investigação? O povo tem de responder”, afirmou.