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Natalia Pasternak sobre cloroquina: 'Não testou em emas porque fugiram'
Microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Natalia Pasternak criticou nesta sexta-feira (11) o uso da cloroquina como forma de tratamento à Covid-19. Ela depõe à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada pelo Senado, junto de Cláudio Maierovitch, médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Senhores, a gente testou cloroquinas em macacos e humanos. Não funciona. A gente só não testou em emas porque elas fugiram", afirmou. O medicamento, sem eficácia comprovada cientificamente, é defendido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que cheogu a "oferecer" a substância a emas que vivem no Palácio do Planalto, após ser bicado por uma delas ao tentar alimentá-las.
"O negacionismo está na Presidência da República e no Ministério da Saúde. Não se trata de ignorância inocente. É mentir em nome de uma agenda política e ideológica. E o negacionismo mata", também afirmou Natalia, posteriormente.
Com os dois, a CPI passa a ter ouvido 14 pessoas. Os depoimentos de Pasternak e Maierovitch atendem a requerimentos aprovados dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Humberto Costa (PT-PE) e Marcos do Val (Podemos-ES) — este último, apenas no que tange à microbiologista.
A CPI da Covid apura possíveis ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia do coronavírus e repasses de verbas a estados e municípios. A comissão foi instalada em 27 de abril deste ano.