Politica

Equidade de gênero, raça e classe dão tom ao gabinete do vereador Vinícius Castello (PT), na Câmara de Olinda

Pequeno, porém marcante. Assim podem ser definidos os reflexos das eleições de 2020 nas Câmaras Municipais do país, que tiveram o cenário de representatividade ampliado. Mas as mudanças não se encerram nos nomes eleitos, em alguns casos, a partir deles, ganham corpo. É o caso do vereador Vinícius Castello (PT), primeiro homem negro e LGBTI%2b a ocupar uma cadeira no Legislativo municipal de Olinda. Equidade de gênero, raça e classe social dão tom ao gabinete formado por ele, divulgado oficialmente na última semana.
 
Adeildo Araújo, chefe de Gabinete; Priscilla Rocha, Assessora Jurídica Parlamentar; Igor Travassos, Assessor Especial; Bruna Marielly, Secretária Parlamentar; Raphael Maia, Assessor de Comunicação; Iara Oliveira, Assessora dos Movimentos Sociais; Libra, Assessora de Articulação. Nomes que permeiam um gabinete diverso englobando homens e mulheres negros/as, LGBTI , da periferia, dos movimentos sociais e da cena cultural pernambucana.
 
As escolhas, de acordo com Vinícius Castello, partiram de uma inquietação sobre o cenário corriqueiro dos espaços de poder, majoritariamente branco e hétero. Era necessário ir além da técnica, conta o parlamentar. “Normalmente, quando se faz a escolha dos nomes para compor a equipe muito se fala sobre experiência, qualificação, o que é importante também, mas pouco se fala sobre humanidade. É preciso ter amor pelas pessoas, acolhê-las”, pontua o parlamentar. 
 
“As pessoas são potentes, só precisam ser ouvidas e a gente tem apresentado um projeto que potencializa a periferia, as pessoas pobres, que potencializa o pensamento crítico para que essas mesmas pessoas possam ser reprodutoras de um tipo de política que dá voz e escuta a sociedade”, explicou.
 
Primeiro da família a concluir uma faculdade e o único vereador negro LGBTI a cumprir mandato na Câmara Municipal de Olinda, Vinícius diz acreditar na importância em fortalecer caminhos para que a diversidade social ocupe os espaços de poder e decisão. Uma luta que, segundo ele, não pode parar. 
 
“Eu não quero que pare em mim, não quero estar só sabendo que existe uma sociedade que é diversificada. Se é pra representar o povo, que isso seja refletido principalmente dentro do gabinete, que vai atuar pela vida e pelos direitos das pessoas”. 

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