'Nossa eleição foi o voto da esperança de um povo', diz Keko do Armazém

Em 2016, Keko do Armazém (PL) foi eleito vice-prefeito do Cabo de Santo Agostinho na chapa encabeçada por Lula Cabral (PSB). Hoje, quatro anos depois, Keko, rompido com o atual prefeito, derrotou Lula Cabral nas eleições municipais deste ano. Ele recebeu 47,56% dos votos, contra os 29,29% do adversário. Em entrevista ao Diario de Pernambuco, Keko falou sobre a vitória e os desafios que enfrentará durante a gestão.

A saída da atual gestão ocorreu em dezembro do ano passado. Hoje, o sentimento de Keko após a vitória na eleição é de alegria. “Traçamos esse caminho de nos posicionarmos em outra candidatura e graças a Deus conseguimos vencer. Não era só uma candidatura, era um projeto de libertar uma cidade. Como vice-prefeito, pude administrar a cidade por 360 dias e mudamos a forma de fazer política. Passamos a investir onde era prioridade, de acordo com o povo. Fizemos uma administração baseada no que o povo precisava”, afirma.

Para o prefeito eleito, o principal desafio à frente do Cabo de Santo Agostinho será cuidar da saúde, em meio à pandemia do novo coronavírus. “O Cabo passa por uma verdadeira paralisia administrativa. Os serviços públicos não funcionam a contento. Já estou fazendo reuniões para traçarmos um plano de combate ao coronavírus”, explica. “É uma questão que deve ser tratada com urgência. Essa é a nossa grande preocupação, porque não havia sido lançado nenhum planejamento sobre isso no município”, diz Keko. 

Mas não é apenas no combate ao coronavírus que Keko do Armazém pretende atuar na saúde. “Temos obras importantíssimas em mente, como o Hospital da Mulher. Fui o prefeito que mais investiu na saúde quando estive à frente da gestão, e queremos reestruturar a pasta no município. Precisamos reorganizar as Unidades de Saúde da Família. O Cabo hoje tem várias áreas descobertas”, detalha.

Apesar do Carnaval no Cabo não ter a mesma tradição de cidades como Recife e Olinda, o prefeito eleito adota a cautela para falar sobre a possibilidade do cancelamento da festa no município. “A gente vai seguir o decreto do governo do estado e as regras da OMS. Não sabemos em que pé vai estar a questão. Não temos a magnitude de outra cidades, mas tivemos Carnaval quando eu estava à frente da prefeitura. Precisamos esperar janeiro para ver qual será a situação”, explica Keko.

Keko também se diz totalmente voltado para gerir a cidade durante os próximos quatro anos. “Eu tenho um grande desafio, que é administrar essa cidade que é tão rica. O Cabo é uma cidade com potencial turístico, que pode atrair novos investimentos. A nossa eleição foi o voto da esperança de um povo. A política pode sim transformar a vida das pessoas. Estou bastante focado. Meu projeto político é fazer uma boa administração”, garante.