“Nós também vamos realizar a manifestação. Acabamos de nos reunir e decidimos em assembleia a volta do Liberta Pernambuco à organização do ato dia 15”, afirmou Wilker Cavalcanti, do Liberta Pernambuco.
Segundo Cavalcanti, que afirma ser pré-candidato a vereador pelo Democratas (DEM), três trios estão confirmados para a manifestação, que deve começar às 14h, em frente à Padaria Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
Na última quinta-feira (12), o Movimento Cidadão, grupo que originalmente estava como um dos protagonistas do ato, decidiu por cancelar a manifestação. Na noite da quinta, o próprio presidente Jair Bolsonaro, que havia convocado a população para o ato em sua defesa, recomendou que não se realizassem manifestações do tipo em meio ao surto de Covid-19.
De acordo com Marcílio Valença, do Direita Brasil Livre, o grupo resolveu puxar novamente a manifestação por entender que o Recife ainda não é uma zona de risco alto de coronavírus. “Fizemos várias reuniões e essa decisão foi fruto de muita avaliação”, explicou.
Valença argumenta que já existem espaços com bastante aglomeração na rotina da cidade, como shopping centers e transportes coletivos. “Dois casos confirmados não é motivo para esse alerta. O presidente disse que deveríamos repensar e foi o que fizemos”, disse a liderança do movimento.
Ainda segundo Valença, também devem participar da manifestação os grupos Endireita Pernambuco, Endireita Recife e Confederação Direita Brasil. Os movimentos cobram que parlamentares não façam “chantagem” com o Executivo. Também é uma manifestação de apoio às reformas pretendidas pelo governo federal, como a tributária e a administrativa.
Valença explica que o ato é contra algumas figuras específicas da política nacional. “Nosso protesto tem nomes, como Rodrigo Maia (MDB-RJ, presidente da Câmara dos Deputado), Davi Alcolumbre (DEM-AP,presidente do Senado), Renan Calheiros (MDB-AL), Dias Toffoli (ministro do Supremo Tribunal Federal)”, afirmou. A volta da prisão em segunda instância e o fim do Foro Privilegiado também estará na pauta.
Ainda segundo a liderança, também serão alvos dos protestos as gestões governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio. Marcílio também afirmou que o grupo não é contrário à presença de políticos no ato, “desde que alinhados” com a visão política dos organizadores. “Se eles vierem como cidadãos, poderão participar”, disse.
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