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Em resposta a Bolsonaro, Comissão de Cultura da Câmara aprova audiência pública para debater ditadura militar

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Foto: Alexandre Amarante/Divulgação
A Comissão de Cultura da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (4), requerimento para realização de audiência pública para discutir questões de apologia à ditadura, à tortura e às comemorações ao golpe civil-militar de 1964, de autoria do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE).

A iniciativa do pedetista foi aprovada um dia após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que a ditadura foi referência "no amor ao próximo". "Essa declaração esdrúxula vem no momento em que observamos ataques aos direitos humanos e à pessoa humana", criticou Gadêlha, destacando que o presidente ignora as perseguições e torturas ocorridas no período de 1964 a 1985.

O presidente vem fazendo reiteradas declarações distorcida sobre os fatos históricos e enaltecendo a ditadura militar. "A nossa intenção é ouvir historiadores e especialistas para por fim ao processo de revisionismo e negacionismo histórico que tem finalidade política", explicou o pedetista.

No requerimento são sugeridos entre outros nomes, os da antropóloga Lilian Schwarcz e do procurador-geral da República, Sérgio Suiama, ambos a confirmar. Assim como aguarda-se as indicações de estudiosos pró-ditadura. A audiência deve ocorrer ainda em setembro, com data a definir.