O discurso de “golpista” é usado por Marília contra a bancada do PSB estadual, que, majoritariamente, votou a favor do impeachment. “Ninguém pode falar de golpista, nenhuma dessas coligações. Primeiro, porque parte da população apoiou aquele movimento e muita gente se arrependeu. Nessa aliança que a vereadora Marília Arraes está fazendo, ela também está se juntando com o ‘golpista’ do PROS, João Fernando Coutinho. Com todo o respeito e com a mesma benevolência que dou aos demais, ele (João Coutinho) votou pelo ‘golpe’, votou nas propostas de (Michel) Temer, na reforma trabalhista. Vamos parar com essa bobagem de dividir o mundo entre quem foi golpista e quem não foi. Quero saber quem é do governo Temer e quem teve cargo no governo Temer, quem aprovou as reformas”, disparou.
Humberto falou à Rádio Filadélfia, do Agreste Setentrional por quase uma hora, antes de percorrer municípios da região. Ele expôs as contradições do discurso usado por Marília contra o governador Paulo Câmara (PSB) e reforçou a tese que pretende adotar contra Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo(PSDB), ambos postulantes ao cargo de senador pela aliança de Armando Monteiro Neto (PTB). O petista rotulou Mendonça de “mãos de tesoura” e “homem de Temer” e frisou que ninguém lembrava da gestão de Bruno Araújo no ministério das Cidades em Pernambuco. O único poupado pelas críticas do petista foi o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), que defendeu abertamente o palanque do futuro presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB).
Indagado se seria candidato ao Senado numa chapa ao lado de Silvio Costa, ele admitiu que, nesse caso, poderia avaliar se concorreria à Câmara. “Confesso que não tenho nenhuma simpatia para ser candidato ao lado de Silvio Costa. Ele quer fazer uma campanha que não é o meu estilo, uma campanha com agressões. Não acho que ele soma nada para o PT. Eu estou avaliando as duas possibilidades (Câmara e Senado), mas sem dúvida minha preferência seria compor com o PSB”.
O petista voltou a defender a aliança com o PSB, justificando a importância que uma retribuição nacional da sigla socialista significaria à pré-candidatura de Lula à Presidência.