{{channel}}
Opinião: Dagoberto Carvalho Jr. relembra a figura do comendador Armênio Dias
A imagem e a lembrança que ficam de Armênio é a do homem solidário, cuja sinceridade não trai o cavalheirismo e a lhaneza de trato
Por Dagoberto Carvalho Jr.
Escritor
Armênio Ferreira Diogo é um velho e bom amigo, cuja têmpera de “homem frontal” - como de si se dizia outro português, também amigo, que foi diretor da Biblioteca “Rocha Peixoto”, da Póvoa de Varzim, Manuel José Ferreira Lopes - amoldou-se ao Recife e a cidade, de si, já fria, à sisudez do “patrício” recifensizado pela cidadania outorgada por nossa Câmara Municipal.
Primeira e definitiva impressão, para os que só o conhecem de longe. Os que não privaram de sua hospitalidade no centenário e acolhedor Restaurante Leite, da Praça Joaquim Nabuco. A praça na mais urbana e poética cumplicidade com a velha e boa “casa portuguesa”, como a ela se referiu, cantando (e a todos fazendo cantar) o emblemático fado, Edson Nery da Fonseca, na apresentação festiva de meu livro “A boa mesa de Eça de Queiroz”. Para os que temos o privilégio de, mais perto, o conhecer; a imagem e a lembrança que ficam de Armênio é a do homem solidário, cuja sinceridade não trai o cavalheirismo e a lhaneza de trato.
Primeira e definitiva impressão, para os que só o conhecem de longe. Os que não privaram de sua hospitalidade no centenário e acolhedor Restaurante Leite, da Praça Joaquim Nabuco. A praça na mais urbana e poética cumplicidade com a velha e boa “casa portuguesa”, como a ela se referiu, cantando (e a todos fazendo cantar) o emblemático fado, Edson Nery da Fonseca, na apresentação festiva de meu livro “A boa mesa de Eça de Queiroz”. Para os que temos o privilégio de, mais perto, o conhecer; a imagem e a lembrança que ficam de Armênio é a do homem solidário, cuja sinceridade não trai o cavalheirismo e a lhaneza de trato.
Mais uma grande homenagem somou, em 16 do novembro passado, o português da Aldeia de Porto Ferreiro, freguesia de Pinheiro de Lafões, Diocese de Viseu - sobre cuja quem já escrevi neste espaço do “Diario de Pernambuco” - à memória afetiva. Soma ao merecido número de condecorações, o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial, da República Portuguesa. A medalha foi-lhe imposta em reunião festiva, no salão nobre do Real Hospital de Beneficência, em Pernambuco -, sob a presidência do provedor Alberto Ferreira da Costa; pelo embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Telles.
Dois discursos e as palavras de Ferreira da Costa foram suficientes para enaltecer o homenageado e traduzir-lhe o agradecimento. Justificativa, a de suas inequívocas vocação e prática empresariais; gratidão pelo reconhecimento, também, oficial. No Recife, onde além do restaurante, é empresário da construção civil e dono de casa de câmbio, preside a Câmara de Comércio Brasil-Portugal. Em Portugal, as mesmas bem sucedidas iniciativas e a propriedade de hotel, em sobrado que restaurou, na Baixa Pombalina; onde exerce - como foi lembrado em sua festa - atividades de verdadeiro “embaixador” de Pernambuco.
Dois discursos e as palavras de Ferreira da Costa foram suficientes para enaltecer o homenageado e traduzir-lhe o agradecimento. Justificativa, a de suas inequívocas vocação e prática empresariais; gratidão pelo reconhecimento, também, oficial. No Recife, onde além do restaurante, é empresário da construção civil e dono de casa de câmbio, preside a Câmara de Comércio Brasil-Portugal. Em Portugal, as mesmas bem sucedidas iniciativas e a propriedade de hotel, em sobrado que restaurou, na Baixa Pombalina; onde exerce - como foi lembrado em sua festa - atividades de verdadeiro “embaixador” de Pernambuco.
Difícil elencar os presentes. Pelos muitos médicos, Fernando Morais. Laura Areias, Manuel Tavares, Joaquim Amorim, José Miranda Reis. Um Porto de Honra com os confrades escritores José Rodrigues de Paiva e Alfredo Antunes, cujo livro sobre Fernando Pessoa foi presenteado ao embaixador. Na boa conversa como - também -, não podia deixar de ser, Eça de Queiroz e Camilo Castelo Branco. A propósito, lembrei erudita e insuspeita ponte literária entre eles, construída por ninguém menos que o camiliano João Bigotte Chorão (“O Tripeiro”, 7ª Série, Ano XIX, nº 8, agosto 2000).