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Autor de "Esquerda caviar" lança novo livro e critica bandeiras do governo petista
Nova obra do economista Rodrigo Constantino divide opiniões e promete gerar polêmicas parecidas com as do recente Esquerda caviar
Já no prefácio do livro, que reúne 80 artigos publicados por Constantino no jornal O Globo entre 2009 e 2014, ele dá o tom das críticas que o leitor encontra em toda a obra. “Vivemos há doze longos anos sob o domínio do lulopetismo, uma época não só de mediocridade, como de enaltecimento da própria mediocridade”. Em entrevista ao Diario por email, Constantino disse que a coletânea de artigos é importante para “apresentar de forma clara uma alternativa liberal contra a hegemonia da esquerda no debate ideológico e cultural no Brasil”.
Em sua maioria, os textos, quando já não iniciam com a crítica direta ao governo do PT, apresentam o tema objeto do artigo - no geral assuntos políticos -, mostrando a forma ideal como acredita que as coisas deveriam acontecer. A realidade brasileira, que na avaliação de Constantino está sempre aquém do ideal, é sempre inserida no contexto.
Diferentemente de Esquerda caviar, que analisa um tema específico, o novo livro é mais genérico, abordando situações que vão do monopólio da exploração e produção de petróleo no país, passando pela questão polêmica das cotas raciais e citando o caso do pedreiro Amarildo, morto por policiais militares em 2013. No entanto, há uma certa semelhança entre as duas obras, já que em ambas Constantino ataca as chamadas “bandeiras esquerdistas”, tais como a luta de movimentos sociais (há um artigo questionando o dia da Consciência Negra; e em Esquerda caviar ele critica o movimento gay).
[SAIBAMAIS] Em meio a um cenário de crise política, onde os brasileiros estão divididos sobre o governo da presidente Dilma Rousseff, o livro tem aumentado o debate sobre o assunto. Desagrada simpatizantes do governo petista e tem apoio da parcela insatisfeita com o PT.
Constantino não acredita que Contra a maré vermelha tenha o mesmo impacto que o livro anterior. “Mas nem por isso a obra deixa de mexer em vespeiros, em dogmas caros à seita socialista. Inúmeras falácias esquerdistas são derrubadas no livro”, comenta. Até o fim do ano, outro livro controverso deve ser lançado, abordando a doutrinação ideológica nas escolas e universidades brasileiras.